domingo, abril 28, 2024
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HIV: a importância do apoio psicológico para quem vive a AIDS

Por Dr Wladimir Oliveira

Esse texto poderia se dedicar apenas a falar de métodos contraceptivos, mas gostaria de convidá-los a uma reflexão: e se você tivesse HIV? Normalmente grande parte das pessoas reage a essa pergunta com uma negativa. Como se esse risco quase não existisse. É aí que começa a vulnerabilidade.
Infelizmente ainda é comum o HIV e a Aids serem associados a libertinagem sexual. Ou a situações de exposição a risco com diversos parceiros, porém para se infectar é preciso apenas uma relação desprotegida. Existem preconceitos e tabus associados, que vão muito além frase ‘use camisinha’, que estamos tão acostumados a ouvir.
Prevenção do HIV e a reflexão sobre a vida sexual
Pensar em prevenção ao HIV implica também em falar de sexo. Pensar e refletir sobre sua vida sexual, desejos e condutas. Nesse momento um psicólogo ou sexólogo online podem ajudar!
Pesquisas sobre o comportamento sexual dos brasileiros aponta que os homens são mais aderentes ao preservativo do que as mulheres. É preciso conversar sobre a sexualidade feminina, sobre proteção, prazer e conhecimento do próprio corpo e seus limites. Muitas mulheres procuram atendimento e orientação com dificuldade em falar sobre sua sexualidade e consequentemente tendo pouco conhecimento sobre prevenção.
Para os homens a camisinha também é um tabu. Corriqueiramente homens relatam dificuldade em colocar o preservativo no momento do sexo por medo de perda de ereção ou de ‘quebrar o clima’. Nesse sentido é preciso entender as ansiedades que cercam esse momento, de modo a desconstruir o nervosismo e tensão. Além disso também é preciso buscar estratégias para que a camisinha faça parte da relação sexual, e que seu manuseio não seja um momento de protocolo e quebra do clímax. Uma opção pode ser a troca do preservativo convencional por um que tenha sabor, ou que proporcione algum efeito como calor ou frio, e dessa maneira a camisinha assume um novo papel na relação sexual: ele também dá prazer.

O papel do psicólogo após o diagnóstico do HIV
O momento do diagnóstico da infecção por HIV é bastante delicado e acaba acarretando uma avalanche de sentimentos e emoções. Primeiro é preciso entender sobre a doença e o tratamento. E principalmente perceber que o diagnóstico implica num novo estilo de vida, mas jamais será um limitador da vida.
É necessário elaborar o significado do diagnóstico, de modo que não seja um carimbo que exponha um suposto comportamento, e que o paciente consiga construir elementos para lidar com o preconceito que infelizmente ainda é recorrente no Brasil com a população de pessoas vivendo com HIV/Aids. O acompanhamento de saúde mental para pessoas soropositivas é de extrema importância, não só pela dificuldade ao receber o diagnóstico, mas também pensar na rede de apoio e se será necessário compartilhar o diagnóstico com algum familiar, e também na construção de futuras relações afetivas. Pessoas que tem HIV podem se relacionar com pessoas que não possuem o vírus, e isso é mais comum do que imaginamos.
Depressão e o HIV
Além disso, a incidência de depressão em pessoas infectadas pelo HIV é maior do que na população geral. Isso acontece por diversos fatores, como o próprio diagnóstico, a ideia de vida limitada, culpa e também por alguns antirretrovirais utilizados no controle da carga viral. Isso demonstra ainda mais a importância do seguimento psicoterápico para pessoas vivendo com o HIV/Aids. O diagnóstico não é um fim.

Fonte: imagem ( gazeta do povo).

Wladimir Oliveira (@psiwladimir)

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