Por Clayton Tadeu Leite
Palavra inglesa como muitas outras do mundinho “fashion” (trad) moda que significa Patch = pedaços/ Work = trabalho.
Trata-se de uma técnica artesanal de utilizar pedaços de tecidos para se fazer uma nova peça de roupa, brinquedos, objetos, ou, móveis de decoração.
Quem nunca se encantou com uma colcha de retalhos, por uma toalha de mesa, ou, por uma mochila jeans?
Podemos ainda enquadrar neste campo o fuxico (palavra de origem africana, que significa remendo. E, que se popularizou no interior do nordeste no período colonial, pelo tecido ser um artigo de alto luxo na época. Fuxico é uma pequena roseta feita geralmente de sobras de tecido.
Existem ainda as bonecas aboyami que eram feitas nas tristes viagens de navios na época da escravidão. Onde as mulheres rasgavam com as mãos pedaços de suas saias e com nós amarrados davam para suas crianças poderem brincar. Dizem que o tamanho era da palma da mão para os capatazes não tomarem.
Acredita-se que diversas culturas se apropriaram desta tarefa artesanal ao longo da história da humanidade.
Hoje, com a recessão e altos custos de insumos no mercado têxtil. Além da inflação e a importância da sustentabilidade. Um novo termo denominado “upcycling” que traduzido ao pé da letra significa reutilização, vêm tomando força no mercado de moda e influenciando grandes marcas de grifes internacionais, e também as chamadas “fast-fashion” e, lojas de departamento.
A diferença é que o Upcycling se estende a diversos tipos de materiais que, não deveriam ser descartados, e podem vir a ser reutilizados como um novo produto.
E o patch-work se especifica a ressignificar uma nova peça advinda de pedaços de tecido.
@tomsalvatore_
Fonte das Imagens: Upcycling da Coleção: Andarilhos, Refugiados, Mendigos, Moradores de Rua e Chapeuzinho Vermelho
Referencias: Ed. Senac. 2005/ Maria Rita Moutinho/ Maslova Valença
