segunda-feira, maio 20, 2024
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O que professores, pais e ducadores devem fazer quando virem duas crianças externadas à sexualidade? Algumas estratégias

Por Francisco Neves 

O Jogo de exploração corporal entre meninos e meninas, meninos e meninos, bem como meninas e meninas é algo natural da infância e deve ser tratado sem espanto este tipo de manifestação. Às manifestações tipo selinho ou beijinho na boca ou no rosto, fazer “troca-troca”, brincar de casinha, médico e paciente, tomar banho junto ou manipular os órgãos sexuais do coleguinha e comparar com o seu, são manifestações da sexualidade infantil. As crianças estão conhecendo o seu corpo. Crianças que são punidas nessa fase, verbalmente ou com surras poderão desenvolver algum tipo de disfunção sexual na idade adulta (PEDROSA, 2006).

Segundo Pedrosa (2006) 60% das mulheres que o procura no consultório sofrem de anorgasmia, ou seja, não sentem orgasmo, e a causa, geralmente, é devido às punições que sofreram na infância, a exemplo da desqualificação verbal e repressão física. 

 Pais, professores, educadores e cuidadores, devem agir naturalmente e não censurar e, claro, impor limites. Utilizar o bom senso e a regra para a privacidade e respeito. Eles devem respeitar as manifestações da sexualidade nas crianças estimulando que elas estabeleçam uma relação de privacidade com o corpo e com os próprios atos. Na infância tudo é natural, pois ainda não existe malícia e censura dos adultos. Como ilustra Pedrosa (2006), na sala de aula, um menino começa a pegar o “pintinho” do outro coleguinha ou a menina coloca a mão dentro da calcinha e começa a se masturbar, como agir? Aproximar-se discretamente, não gritar ou chamar a atenção em público. Chamar a criança, ou as crianças, de modo que outras pessoas não participem do diálogo e explicar que ali não é lugar para brincar com o corpinho e que da próxima vez deve brincar em outro lugar, de preferencia em seu quarto, e que reserve aquele momento só para ela. Estimular que eles ou eles, elas ou elas, eles e elas, façam aquilo em um lugar reservado, pois as outras pessoas não precisam ver. Agora, não se esqueça de adaptar a linguagem do adulto para as crianças. Evite violência física e censura, do tipo isso é feio, nojento sujo, papai do céu castiga, vou falar para sua mãe isto, isto é coisa de veado, ser bicha é feio e por aí vai. Tapas beliscões e surras, o que é muito comum poderão trazer traumas às crianças. 

 Por fim eduque com carinho, considerando que o amor, a disciplina e o respeito são bases fundamentais para uma educação completa. Não há manual de perfeição, mas existem respostas claras e precisas sobre como a criança aprende a se comportar e o que é importante para o desenvolvimento infantil, nas interações parentais e sociais. Por meio de reflexões, história e exercícios de comportamento, humor e poesia as crianças são incentivadas a desenvolver autonomia, responsabilidade, autoconfiança e se tornarem ainda mais afetivas (WEBER, 2012)

 

REFERENCIAS

 

MACEDO, Lino. Prefacio. In: SILVA, Cecília Pereira (Org). Sexualidade começa na infância. Para pais, educadores e profissionais de Saúde Desenvolvimento sexual Infantil de 0 a 6 anos. Como implantar um trabalho de orientação sexual.

NEVES, Francisco de Jesus. Planejamento Político Pedagógico da Escola Comunitária Flor da Primavera. Salvador: 2013. 

PEDROSA, João Batista. Segundo desejo. 1.Ed. São – Paulo: IGLU, 2006.

SILVA, Cecília Perira. Dialogo sobre a sexualidade: da curiosidade à aprendizagem. In: SILVA, Cecília Pereira (Org). Sexualidade começa na infância. Para pais, educadores e profissionais de Saúde Desenvolvimento sexual Infantil de 0 a 6 anos. Como implantar um trabalho de orientação sexual

WEBER, Lídia. Eduque com carinho: equilíbrio entre amor e limites. 4ª ed. Curitiba: Juará, 2012.

 

 

 

 

 

 

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