segunda-feira, maio 20, 2024
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Neguinho da Beija-Flor: um ícone do samba

Por Teo Gelson 

Neguinho da Beija-Flor, o sambista carioca que leva a cor da pele no nome artístico, é geneticamente mais europeu do que africano, indica uma análise do seu DNA feita a pedido da BBC Brasil como parte do projeto Raízes Afro-brasileiras.

De acordo com essa análise, 67,1% dos genes de Luiz Antônio Feliciano Marcondes, o Neguinho, têm origem na Europa e apenas 31,5%, na África.

“Europeu, eu?! Um negão desse”, disse, apontando para si mesmo e num tom entre divertido e desconfiado, ao ouvir o resultado do exame da amostra de saliva que enviou ao Laboratório Gene, do genetista Sérgio Danilo Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Filho de um músico, ganhou um concurso de cantores mirins, aos dez anos de idade, interpretando um samba Jamelão. Como prêmio, Neguinho levou para a casa uma lata de goiabada.

Dono de voz potente e afinada, estreou como puxador de samba no bloco Leão de Nova Iguaçu em 1970. Rejeitado nas alas de compositores de Salgueiro (sua escola preferida na juventude), Império Serrano, Portela e Mangueira, o jovem sambista chamou a atenção de Cabana, compositor dos primórdios da Beija-flor , que o convidou para se juntar aos músicos da escola. Assim, transferiu-se para a Beija-flor de Nilópolis em 1975 . Até então era conhecido por Neguinho da Vala, apelido nascido na infância terrivelmente pobre, em Nova Iguaçu, atravessada entre as valas da vizinhança. Na Beija-Flor de Nilópolis , criou o bordão “Olha a Beija-Flor aí, gente!” (o grito de guerra mais famoso do carnaval), e continua no cargo até hoje. A Beija-Flor faz parte da vida de Neguinho de tal forma que ele incorporou o nome artístico à sua certidão de nascimento.] Além disso, ele é o único dos intérpretes de todas as escolas a cantar de graça. Segundo ele: “se alguém tivesse que pagar, seria eu à Beija-Flor. Tudo que consegui na vida devo à escola. Por ela, sempre cantei de graça e sempre vou cantar.”

“Em 1971 eu entrei para Cordão da Bola Preta e já fazia parte do bloco Leão de Iguaçu (atualmente, escola de samba). Fiquei no Leão até 1975. Neste ano, o Anísio (Abraão David, patrono da Beija-Flor) pediu ao Cabana, compositor histórico da escola, que me chamasse para substituir o Bira Quininho, que era o puxador e tinha falecido recentemente. Naquele ano, disputei o samba e venci. Assim, estreei no estúdio cantando meu samba e a Beija-Flor ainda foi campeã pela primeira vez com “Sonhar com Rei Dá Leão”.”

Fonte: BBC e wikipedia.org

 

 

 

 

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