quarta-feira, maio 15, 2024
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A pandemia, os músicos e o Plano B

Por Itto Eduardo

Como é de conhecimento de todos, com a pandemia do novo corona vírus o setor de eventos e entretenimento foi um dos mais afetados e não está na lista de prioridades para um retorno. Desde o mês de março de 2020 que não se fala em eventos músicas, sendo esse setor que sempre movimentou milhões e garante o sustento não só de quem está na linha de frente como os músicos, mas uma rede por trás, como técnicos de som, iluminadores, contra regras, etc. Além de movimentar uma economia indireta como os vendedores que sempre se fizeram presentes no entorno das casas de show, dentre outros.
Mas, como o brasileiro, e em especial o baiano não é de ficar de braços cruzados, muitos músicos se reinventaram. Alguns iniciaram um novo negócio ou impulsionaram algo que já faziam paralelamente às atividades musicais. Vamos conhecer dois grandes músicos do cenário da música baiana que estão com seus “novos” negócios em alta.
O percussionista Neydson Nevile da Silva, mais conhecido como Neville Sapão, de 41 anos de idade e 29 de carreira musical com grandes nomes da música baiana e nacional como Carla Cristina, Ricardo Chaves, Axé Blond, Claudia Leitte, Márcia Short, Gilmelandia, Xangai e outros trabalhos regionais de sucesso.

Tocando com um artista baiano há 10 anos, sentiu o impacto da pandemia de perto, mas esse cabra não desanimou e conseguiu unir duas paixões em um mesmo negócio, uma camisaria que tem a música como tema das suas estampas. Esse projeto já caminhava junto às atividades musicais a algum tempo se fortaleceu durante a pandemia.
Mesmo realizando algumas lives e drive in’s, e após o decreto que permita apresentações musicais com no máximo duas pessoas, realizou alguns shows durante a pandemia, não dá nem para comparar com a agenda de shows que tinha antes.
Sendo também professor de música licenciado, Sapão conseguiu manter as aulas de música no formato online. Deu pra perceber que o cara não faz corpo mole pra trabalhar, tem garra, ideias e talento de sobra.
Assim como todos os profissionais da área de eventos, Sapão está na expectativa para o retorno das suas atividades profissionais na integra, mas que essas aconteçam com a segurança que todos nós precisamos.
O outro músico que bateu um papo conosco foi o Humberto José Morais Júnior de 37 anos, mais conhecido como Buiú Morais. Baterista e percussionista que está na estrada a 23 anos, Buiú tocou com diversas bandas e artistas de sucesso nacional e internacional como Patrulha do Samba, Gilmelandia, Tribahia, Carla Cristina, Levada da Breka, Filhos de Jorge, Tonho Matéria, Márcia Short, As Xaras Marcia Castro & Marcia Short, e nos últimos anos tocando o a conhecida banda É o Tcham.

Buiú que sempre teve uma forte veia para o empreendedorismo, apostou em um novo negócio durante a pandemia quando viu sua agenda de shows ser cancelada, e os trabalhos musicais durante esse período se resumirem às gravações em estúdios e lives.
Ele que já teve depósito de bebidas, uma lanchonete e um ponto de vender churrasquinho, lançou uma empresa de lanches, onde prepara os mais saborosos hamburguers tradicionais e artesanais, com produtos de primeira linha, molhos especiais e tudo isso preparado pelo próprio Buiú que assume a identidade de Chef Smurff.
Assim como todos nós Buiú está na expectativa do retorno às atividades, mas concorda que precisamos ter cautela para que isso aconteça com segurança. E que a pandemia de alguma forma serviu para ensinar que precisamos tem um Plano B.
Com essas duas experiências deu pra perceber que o músico baiano tem pegada não só em cima do palco com também fora dele. Aposto que você conhece outras histórias inspiradoras como as de Buiú e Sapão.
Aquele Abraço!

4 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns ao Colunista pelo tema abordado!
    Esse é o novo retrato dos personagens que contribuíram e contribuem para iluminar a Terra do Axé, das cores e sons, a nossa Bahia. A crise do corona vírus terá efeitos por um longo período, então é necessário nos reinventarmos. Parabéns também aos profissionais da música que não desistiram dos seus sonhos, mas que buscam a sobrevivência de forma criativa junto a sua baianidade.
    Esta pauta é de grande utilidade para aqueles que pensam que não há jeito ou que está tudo acabado. Mais uma vez, PARABÉNS.

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