Beto Falcão da vida real

Por Juninho Ouro Preto

Que o Bairro de Mussurunga é um celeiro de bons músicos toda a cidade de Salvador já sabe (Beto Falcão, Rick Oliveira, Cleiton do Harmonia do Samba, Thor Cachoeira do Trio Top Samba, Glauco Araújo, Jú Bahia, Giovane Nascimento, Bala, Vanessa Borges, Adilmar Borges, AD Santos, Théo Silva, Lazo Silva, Gil Ayala, Edcarlos Santiago, Januário, Juninho e Jorginho Paquera e Samba dentre outros.

A nossa coluna de música traz para vocês uma das figuras mais emblemáticas da música soteropolitana. Uma voz sem igual, repertório completo passando pela MPB (Música Popular Brasileira), pop rock, reggae, forró, sertanejo, axé e até mesmo o punk rock lá no início de sua carreira. Seu nome se confunde com o personagem fictício de uma das novelas globais mais vistas da tv o personagem Beto Falcão, história com a música até parecidas porém o Beto Falcão da vida real começou mesmo ao som do Punk Rock e essa história você poderá acompanhar aqui em nosso portal.
Beto Falcão, 50 anos, cantor, compositor e instrumentista, baiano, soteropolitano. Ainda na infância fazia brincadeiras de shows com seus irmãos, primos, realizava composições musicais e poesias e aos doze anos participa do seu primeiro festival de música no Liceu Salesiano de Salvador. Com uma canção cifrada por um amigo, lhe rende o terceiro lugar. Nos anos 80, ingressa na extinta ETFBA (Escola técnica Federal da Bahia), onde desenvolve sua habilidade para tocar violão e passa a colocar melodias cifradas em suas canções.

Ainda adolescente cria com colegas sua primeira banda “Os Abutres”, onde já começa seu flerte com o rock, as letras elaboradas com foco no protesto social faz com que sejam muito apreciadas pelos componentes do iniciante movimento punk baiano, Já com a segunda banda “Fósseis Vivos” e já inserido no punk, onde é conhecido pela alcunha de “Porquinho”. Nessa época, já tocando em bares e inferninhos, ainda na ETFBA torna-se amigo de outros músicos componentes da banda “Os feios” que seria o embrião das bandas Dr Cascadura e The Dead Billies, duas das mais influentes bandas do rock baiano.
No final dos anos 80 a banda Canalhas Rock’n’roll & Cia, onde reúne suas composições anteriores e recentes, ganha popularidade nos circuitos de rock de Salvador e participa de eventos tanto de grande e médio porte como em shows menores e sem produção. Em meados dos anos 90 a banda dissolve-se e então Beto Falcão volta a fazer shows em barzinhos e festas com o seu violão, nessa época forma um grupo de rock n roll chamado The Doll Dogs que faz vários shows no Pelourinho numa casa de shows chamada “Creole Cajun, bem como no tradicional Bar Novo Tempo”, nesse mesmo ano sua composição Telepatia feita em parceria com o amigo Fábio Magalhães é gravada no Cd da Banda Cascadura uma das bandas mais influentes do rock soteropolitano.
Nesse mesmo ano a The Doll Dogs é considerada a banda revelação com um grande show no projeto Bar Cultural da prefeitura de Salvador no Pelourinho (Centro Histórico de Salvador), esse evento foi transmitido pela TVE (Tv Educativa) emissora do IRDEB, Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia no final do ano a banda dissolve-se e Beto Falcão volta a focar em shows em barzinhos, onde torna-se bastante popular pelo seu estilo que mescla MPB e pop rock.
Em março de 2019 é acometido de um AVC ao final de uma apresentação, fez com que fosse obrigado a dar um tempo nas suas atividades. Hoje encontra-se em processo de recuperação, lutando para o seu retorno aos palcos.
Compreendemos que a vida do músico é de altos e baixos e diante disso entendemos que até pelo presente momento da pandemia da Covid 19 toda e qualquer área está precisando de uma ajuda. Diante da situação atual solicitamos a colaboração e apoio se possível é claro dos amigos, parceiros, leitores em ajudar o nosso grande amigo e músico a agilizar o seu processo de recuperação. As pessoas que tiverem interesse em ajudar basta procurar a produção do Portal do Som de Papo. Gratidão é a palavra.
Carlos Alberto dos Santos Júnior (Juninho Ouro Preto)