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Chorão: saudade eterna

Por Teo Gelson

 

Cheio de personalidade, Alexandre Magno Abrão teve um passado difícil, mas batalhou para ter o merecido reconhecimento. Conquistou o carinho dos ouvintes, contribuiu para a fama do skateboarding no Brasil e liderou uma das principais bandas da leva do rock brasileiro dos anos 90. É muita coisa!

Apesar das várias polêmicas que giram em torno de seu nome, muitos não conhecem ainda a sua jornada e suas conquistas. Separamos para você algumas curiosidades sobre esse grande vocalista.

O apelido de Alexandre, que veio a se tornar seu nome artístico, surgiu de um colega skatista durante sua infância. Na época, o paulistano, que ainda não sabia andar de skate, foi zombado por esse amigo, que brincou dizendo “não chora!” enquanto praticava.

Mas não tardou muito para que ele se tornasse a voz da expressão “skateboard na veia, rock n’ roll até a alma”. Chorão aprendeu a andar de skate e foi gradativamente dominando a arte. Chegou a participar de grandes campeonatos durante a década de 80, e ajudou a difundir a fama do esporte no Brasil.

O cara até fundou uma pista de skate em 2004. O legado do skateboard no Brasil deve muito a Chorão (aquele mesmo menino que antes era zombado por não dominar a prática).

Aos 21 anos, Chorão estava em um bar na cidade de Santos assistindo a um show de uma banda local. Bêbado, ele aproveitou o momento em que o vocalista deixou o palco para subir e berrar ao microfone, mandando até uma letra da banda Suicidal Tendencies.

A apresentação incomodou os presentes, mas chamou a atenção de um músico que acompanhou a cena. Chorão, então, foi convidado a participar de uma banda chamada What’s Up como vocalista.

Todos sabemos que viver de música é bem difícil, e não são todos que têm o privilégio de se dedicar apenas a isso para garantir o pão de cada dia. Chorão, por exemplo, enfrentou grandes dificuldades financeiras, e teve que se garantir de alguma forma antes da fama.

Durante sua infância, Chorão ajudava a entregar comidas que sua mãe vendia para conseguir dinheiro. O fato de ter parado de estudar cedo, aos 14 anos de idade, fez com que ele encontrasse dificuldade em conseguir um emprego fixo, já que não tinha formação em nada. Conseguiu empregos temporários como corretor de imóveis e vendedor, mas nada lhe garantiu estabilidade financeira. As contas estavam sempre atrasadas, inclusive o pagamento de mensalidades de aluguel, que fizeram com que ele fosse despejado várias vezes.

A música e o esporte lhe proporcionaram melhores condições de vida, mas ele não quis se acomodar. Inquieto, Chorão ainda se aventurou no mundo do cinema, trabalhando como escritor e roteirista do filme O Magnata, de 2007. Como empresário, ele lançou sua própria marca de roupas, conhecida como DO.CE.

O músico também tentou se aventurar na literatura, já que pretendia lançar um livro sobre a história da banda. Seu filho tentou continuar o sonho do pai e lançou, em 2017, o livro Eu Estava Lá Também, que contava os últimos anos da banda através de fotografias.

Fonte de pesquisa:

www.tenhomaisdiscosqueamigos.com

Fonte da Imagem: Correio de Goiás 

 

 

 

 

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