Por Rony Cysney
José Domingos de Morais, o Dominguinhos, nasceu em Garanhuns, no agreste do estado de Pernambuco, a 230 km da capital, Recife. Em 23 de Julho de 2013, aos 72 anos, após enfrentar um câncer no pulmão durante 6 anos, faleceu em São Paulo, mas, como era de sua vontade, foi sepultado na sua cidade, Garanhuns.
De família muito pobre e com muitos irmãos, começou a tocar triângulo e pandeiro, com mais dois irmãos (Trio Pinguim), nas feiras e portas de hotéis em Garanhuns. Dedicou-se a ser o melhor sanfoneiro, após ganhar de seu pai uma sanfona. Aos 9 anos, conheceu Luiz Gonzaga, que estava hospedado em sua cidade. Luiz, ficou tão impressionado com o desempenho do garoto, que o convidou para ir ao Rio de Janeiro com ele. Essa viagem só aconteceria 4 anos depois, quando, após vários dias de viagem de caminhão, Dominguinhos e seu pai chegaram ao Rio de Janeiro, procurando Luiz Gonzaga.
Passou a acompanhar o Rei do Baião em seus ensaios e shows e, anos mais tarde, já tocava em bares e boates do Rio, onde era conhecido como Neném do Acordeão, até o dia em que Luiz Gonzaga o batizou como Dominguinhos. Em 1964, grava seu primeiro disco, chamado “Fim de Festa” e depois, mais dois discos. Após alguns anos, começou a fazer parte do grupo de músicos do Rei do Baião.
Em uma de suas viagens, conheceu a também cantora e Pernambucana Anastácia, com quem compôs mais de 200 canções, entre elas, “Eu só quero um Xodó”. Esa parceria, duraria 11 anos.
DOMINGUINHOS E SUAS PARCERIAS:
Com estilo de música predominante para o forró e baião, Dominguinhos fez diversas parcerias com cantores de outros estilos, como Chico Buarque, Gal Costa, Gilberto Gil, Nando Cordel, Elba Ramalho, entre outros.
Entre tantas premiações, ganhou o Grammy Latino com o CD “Chegando de Mansinho”, em 2002. Também conquistou o Grammy Latino de Melhor álbum Brasileiro de Raiz, com o CD e DVD “Iluminado”, em 2012.
Viajou por muitos anos levando sua musicalidade pelo Brasil todo e, se vivo fosse, essa época do ano, mês de junho, com certeza estaria no Nordeste, com a agenda repleta de shows, em comemoração às festividades juninas, que são tão fortes na região.
Muito me recordo dos shows de Dominguinhos, com sua voz e estilo inconfundíveis, quando subia no palco, com seu chapéu de couro na cabeça e sorriso no rosto, era visível sua alegria e prazer com que via o seu público dançar e cantar suas músicas, enquanto dominava a sua sanfona. Felizes e saudosas recordações! Por Rony Cysney
Fonte das fotos: blogspot.com / big1news.com / clickgratis.com.br
Dominguinhos é eterno, maravilhoso! E ficará em nós com sua arte, levando às gerações que virão como um legado da música popular brasileira e nordestina!!