quinta-feira, maio 9, 2024
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Dossiê: Infância, Sexualidade e Educação

Por Francisco Neves 

DOSSIÊ: INFÂNCIA, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO

Apresentação

A sexualidade está no corpo, no pensamento, em nossas formas de comunicação, na energia que alimenta e sustenta nossos movimentos e atividade em relação a algo, por isso é preciso pensá-la em escala cada vez maior, uma vez que a escola assume tanta importância, refletir, se posicionar, receber orientação, fazer leituras e discussões sobre temas ligados a sexualidade é fundamental, não só para quem trabalha ou cuida de crianças, como também a comunidade em geral (MACEDO, 2013)

Na escola por mais que o compromisso seja com ensino e aprendizagem de saberes escolares, a sexualidade está em toda parte e atravessa as possibilidades, impossibilidades, a apetência ou a inapetência, em favor disso (MACEDO, 2013) este texto nos convida a um mergulho, não muito profundo em assuntos adequados e oportunos na lida com as questões da sexualidade dos pequeninos (NEVES, 2013), esperamos que a sexualidade infantil seja olhada e considerada pelos adultos com respeito e cuidado que merece, para que os pequeninos contemporâneos possam expressar o seu desenvolvimento com todo potencial.

Boa leitura!

O brincar como um meio de expressão da sexualidade

Quando somos crianças, a curiosidade sexual se expressa por meio de perguntas e, sobretudo, por meio de jogos e brincadeiras. A brincadeira sexual tem para a criança um sentido diferente daquele adotado pelo adulto e é fundamental e saudável para o desenvolvimento (SILVA, 2013) tanto do repertório emocional e intelectual, como do repertório sexual, um dos mais punidos nas brincadeiras e jogos sexuais da infância, e, (NEVES, 2013) sem a oportunidade de brincadeiras espontâneas, das atividades que as crianças inventam para si próprias, o aspecto criativo e explorador presente no repertório de infância pode ser comprometido com falhas e ineficiências.

Diante da curiosidade sexual da criança, é importante primeiro entender as possíveis perguntas (os porquês) e verificar o que ela quer saber. Compreendendo a amplitude e o conteúdo das perguntas, o caminho mais sensato, e o que eu costumo orientar, é que devemos apresentar respostas cientificas, de modo a evitar respostas conturbadoras que colocarão a criança e quem apresentou a resposta em futuras situações desconcertantes. O ideal é responder sempre, mesmo que seja para dizer que não sabe. Quando desde pequenino, encontramos pessoas, sejam elas membros da família, educadores, parentes e amigos de nossa confiança, que respondem verdadeiramente nossas questões (SILVA, 2013) teremos relações mais saudáveis e duradoras, emitindo comportamentos de acordo e desacordo, além de comunicar sentimentos, sem temer de punições (NEVES, 2013).

A principal forma que criança desde bem pequena interfere no mundo, interage e se comunica, é através do brincar. Enquanto nós adulto utilizamos basicamente o comportamento verbal para se comunicar, criança faz por meio do brincar e do jogo. No brincar as crianças vivenciam conflitos, expressão de sentimentos, vivem na fantasia diferente papéis, incluindo os identificatórios, no caso os papéis parentais. Por outro lado, o brincar e a curiosidade sexual sinaliza o desenvolvimento de um repertório sadio e criativo (SILVA, 2013).

Quando conversamos sobre questões ligadas a sexualidade, possibilitamos a elaboração de dúvidas que trazemos desde a mais tenra infância, desvendando tabus e preconceitos que carregamos. Dessa forma, há mais possibilidades de experimentar experiências significativamente reforçadoras, tornando assim, a vida mais prazerosa e duradora. Estando os tabus e as dúvidas dirimidos, estamos “livres” para construir diversos conhecimentos, até porque, no caso da sexualidade, o conhecimento é construído a partir da aprendizagem, na relação com a família, na escola, com os amigos, bem como pela cultura (SILVA, 2013). Dito de outra forma, o desenvolvimento afetivo sexual do indivíduo é resultado da combinação do componente biológico com o ambiente e a cultura.

MACEDO, Lino. Prefácio. In: SILVA, Cecília Pereira (Org). Sexualidade começa na infância. Para pais, educadores e profissionais de Saúde Desenvolvimento sexual Infantil de 0 a 6 anos. Como implantar um trabalho de orientação sexual.

NEVES, Francisco de Jesus. Planejamento Político Pedagógico da Escola Comunitária Flor da Primavera. Salvador: 2013.

SILVA, Cecília Pereira. Diálogo sobre a sexualidade: da curiosidade à aprendizagem. In: SILVA, Cecília Pereira (Org). Sexualidade começa na infância. Para pais, educadores e profissionais de Saúde Desenvolvimento sexual Infantil de 0 a 6 anos. Como implantar um trabalho de orientação sexual

 

 

 

 

 

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