Por Dôra Paiva
Na semana próxima passada, postamos uma matéria onde abordamos as influências e os benefícios trazidos pela FITOTERAPIA, para as pessoas. Hoje daremos segmento ao tema, com vários esclarecimentos de pontos que ainda são poucos divulgados, nesta prática. Entre esses pontos destacamos alguns que são muitos interessantes, por exemplo:1. Quem está habilitado para executar esse processo terapêutico? 2.A FITOTERAPIA inviabiliza o uso das medicações alopatas? 3.O uso dos fitoterápicos podem desarmonizar o arcabouço físico de alguém?
Esses questionamentos na maioria das vezes, vão permear na mente e nos pensamentos, de quem ainda não reconheceu os efeitos salutares da FITOTERAPIA. Muitos deles são realizados e alguns chegam a ter uma falsa configuração da sua prática. Dentre esses questionamentos, está em referência à quem vai administrar a aplicação da técnica terapêutica.
1.A prescrição dos fitoterápicos e plantas medicinais, não é uma tarefa fácil, para qualquer profissional da saúde. Para tanto, é necessário que possamos tenham um prévio conhecimento da técnica e das suas particularidades. Salientamos que a FITOTERAPIA, não é reconhecida como especialidade medica pelo CRM. Porém é plenamente reconhecida pelo Ministério da Saúde, como Terapia Alternativa e Complementar. Daí que médicos, podem prescrever desde que tenham conhecimentos sobre plantas e ervas. Também podem prescrever desde que sejam habilitados, os veterinários, nutricionistas, farmacêuticos, biomédicos, entre outros.
2.Por ser uma Terapia Alternativa e Complementar, a FITOTERAPIA pode perfeitamente estar associada à outras praticas terapêuticas e ou medicação. Por esse motivo, não há impedimento formal, para a sua administração em conjunto com outros prescritos. Ela complementa o processo de melhoria da qualidade de vida. Temos como grandes exemplos os Florais de Bach, que são cada vez mais utilizados pela população. O médico alopata, tranquilamente pode associar-se ao Fitoterapeuta.
3.Por não conter na sua essência, a presença de elementos químicos, podemos afirmar que o uso da FITOTERAPIA, não trará desconforto ou desarmonia ao corpo humano. Desde que não haja um uso indiscriminado, exagerado em sua dosagem. Outro importante detalhe a ser observado é que há um mito muito conhecido entre as pessoas, que diz assim: “se é natural, não faz mal”. Inclusive é bom salientar que as plantas medicinais e os fitoterápicos, por serem naturais, podem provocar a automedicação. Essa conduta errônea e perigosa pode ocasionar reações alérgicas e uma série de outros problemas. Daí a necessidade de um acompanhamento, por um profissional habilitado ao serviço.
As plantas medicinais podem ser utilizadas de formas diferenciadas. Elas podem estar in natura ou processadas. Aqui no Brasil, existe o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica- PMAG, que em conjunto com o SUS, vem promovendo o acesso das pessoas, a essa forma de medicação. Entre os produtos são destacados o Guaco, a Espinheira Santa, a Isoflavona de Soja, entre outros. Esses compostos naturais foram oficialmente reconhecidos pela OMS, em1978. E eles podem ser disponibilizado na forma de capsulas, cremes, xaropes etc. O grande exemplo é a Mikania glomerata, mais conhecida como Guaco ou Erva de Bruxa. Ela é indicada como expectorante nas gripes, resfriados, bronquite alérgicas ou infecciosa. Porém é preciso salientar que o seu uso exagerado, pode causar vômitos e diarréias.
Outro ponto que precisa ser explicado, é a diferença entre Plantas Medicinais e Produtos Fitoterápicos. As plantas são usadas na preparação dos remédios através das sua folhas, a exemplo do Hortelã, Erva Cidreira, Capim Santo. Através das cascas, exemplo Canela. Das flores: Camomila, Macela. Das raízes: Gengibre. Por tanto, vamos utilizar a FITOTERAPIA, de forma coerente e organizada, tendo como orientador um profissional capacitado. Pense nisso carinhosamente. Namastê!
Referências
Texto:www.ufmg.br
Imagem: www.pinterest.com.br