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Luiz Gonzaga: eterno rei do baião

Por Teo Gelson

Luiz Gonzaga é uma das maiores lendas da música popular brasileira e um dos nomes mais importantes da história do país, por sua contribuição memorável para a nossa cultura. O artista sintetizou como ninguém os ritmos nordestinos, por meio de uma releitura da cultura popular, que resultou na criação do Baião. O gênero musical atingiu o auge do sucesso nas décadas de 40 e 50, levando – para sempre – a cultura musical nordestina ao Brasil inteiro e também ao mundo. Por isso, o cantor, compositor e instrumentista pernambucano ficou conhecido como o Rei do Baião. Além do baião, ele também apresentou ao mundo todo o xote, o xaxado e o forró pé de serra.

 Luiz Gonzaga tocava sanfona, zabumba e triângulo e classificava esse como o conjunto básico dos cantores de baião. A sanfona tem a função harmônica e melódica, a zabumba forma a base rítmica – marcando o tempo – e o triângulo, o contratempo.

 O Rei do Baião influenciou uma geração inteira de artistas da música popular brasileira, é referência nos principais movimentos musicais da história do nosso país e – com sua sanfona e sua simpatia – tornou-se um grande herói do povo nordestino. Em suas composições, apresentou o sertão nordestino ao mundo, descrevendo as injustiças, a fome, a seca e a pobreza daquela região, mas também a alegria, a dedicação ao trabalho, a bravura, a beleza e a coragem do povo nordestino.

Contando sobre o amor de um povo por sua terra (e a saudade que esse povo sente ao ter que deixá-la para tentar uma vida com mais oportunidades e menos aridez), Luiz Gonzaga conta também histórias de amor, sempre aliadas a importantes críticas sociais. Como ele mesmo declarou em uma entrevista, pouco antes de sua morte: “Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor”.

 Em 50 anos de carreira, Gonzagão gravou mais de 50 discos e compôs mais de 500 canções. Segundo ele mesmo, seu sucesso se deu ao fato de ter sido sempre muito pobre e, por isso, tudo o que fazia tinha sempre um destinatário: a pobreza. “Eu trato o pobre bem, eu trato o pobre com amor. As histórias que eu conto sobre os pobres são todas com respeito, originalidade. E o nordestino era tão pobre e ainda o é. O povo nordestino, sendo um povo espirituoso, cheio de graça, não tinha quem cultivasse a sua graça. Então, a graça dele era uma graça sem graça. Aí, eu comecei a decantar o nordestino com respeito, com amor, com a alma.”

Fonte: https://novabrasilfm.com.br/

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