sexta-feira, maio 17, 2024
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LUTO: Como conviver com essa situação?

Por Dôra Paiva

 

Amanhã é 02 de novembro, também conhecido na nossa sociedade como o Dia de Finados. Esse é o dia em que recordamos da mais dolorosa passagem, que os seres humanos, podem vivenciar na sua vida: a Morte! E com ela, surge uma estrutura de difícil concepção e aceitação: o Luto.  Ele não é um sentimento fácil de ser digerido, pelas pessoas. Ele não tem uma receitinha mágica, nem um prazo de validade para permanecer em nós. A palavra Luto, vem do latim “lucto” e está relacionada a um sentimento de tristeza e pesar em função da Morte de alguém. Porém, a Psicologia por sua vez, amplia o seu raio de ação, quando relaciona ele, aos diversos tipos de perdas, em diferentes contextos, que são vivenciados por todos nós, sem alguma relação com o episódio Morte.

Cada pessoa entende e lida com o Luto, de diferente forma. Assim como também, há uma diferenciação bem expressiva, no entendimento dos diferentes   cultos e segmentos religiosos. Não há nesse contexto palavrinhas, nem fórmulas mágicas que venham auxiliar as pessoas, que estão vivenciando essa estrutura. Ele é um processo doloroso, que vem acompanhado sempre por uma tristeza profunda, que é sempre caracterizada por haver uma perda do elo entre uma pessoa e o seu objeto. É um fenômeno mental, natural e constante, no decorrer do nosso desenvolvimento pessoal. Pois vale ressaltar que o Luto, tem relação também, com as perdas significativas que sofremos em toda a nossa vida.

Esse sentimento pode se manifestar de diversas maneiras. Ele acontece ao término de um relacionamento amoroso, na mudança de residência ou de função laboral, com a transferência de domicílio para outro Estado ou região. Ou seja, onde houver a dor da perda, aí estará o Luto.

O Luto, possui várias fases ou estágios.  E essas fases compreendem ao processo de aceitação e convivência desse momento, tão delicado para alguns. A primeira abordagem sobre as diferentes fases do Luto, foi realizada pela famosa escritora e médica psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, em seu livro “Sobre a Morte e o Morrer”. Para ela as fases ou estágios do Luto são:

1.Negação: é a primeira das fases, sendo também conhecida como Isolamento.        É um mecanismo de defesa, um verdadeiro para-choque para algumas pessoas. O seu objetivo maior, é a proteção das pessoas, pela situação que está sendo vivenciada.

2.Raiva: é nessa fase que as atitudes das pessoas enlutadas são externadas. Ela vem sempre acompanhada de perguntas do tipo: Por que isso aconteceu? Por quê ele(a)?  É a fase da Revolta.

3.Barganha:se expressa quando a pessoa enlutada, negocia consigo mesmo, evitando assim um maior sofrimento e aliviando a sua dor. É uma tentativa de adiar os medos pela situação.  É também conhecida como a fase da Negociação.

4.Depressão: é a fase mais intensa do Luto. É justamente nesse período que as pessoas, vão requerer uma maior atenção e também em algumas das vezes, o acompanhamento eficaz de um profissional, devidamente habilitado para tratar desses eventos desconfortáveis. Por ser uma fase extremamente complicada e de difícil resolução, é que todo o cuidado é pouco, no lidar com as pessoas que estão nesse estágio. Ela pode ser classificada em duas categorias que são: as fases reativam e preparatória.

4.1. Reativa: se configura quando há um prejuízo de diferentes formas. Prejuízo que pode ser pessoal ou financeiro.  Percebemos claramente esses sinais quando há a perda de algo ou de alguém muito importante para nós. Ou também, quando ocorre a perda do emprego e da qualidade de vida.

4.2. Preparatória: essa fase se apresenta como o período de repensar e de analisar o impacto da perda. É a fase de preparação, para enfrentarmos que a vida continua. E a Vida segue.

Nunca fomos preparados psicologicamente, para enfrentarmos as nossas perdas, assim como também lidarmos com elas. Por essa razão, quando elas acontecem, mergulhamos profundamente nas sombrias e tenebrosas águas do sofrimento. Isso porque, não conseguimos parar para pensar e refletir sobre o acontecido. E dessa forma, não buscamos as soluções possíveis.  Ficamos nas lamentações e na dor, com tanta intensidade, que esquecemos de acessar as alternativas que a vida vai nos ofertar. É preciso aprender a lição, por mais cruel que ela seja e iniciar um novo ciclo da vida.

Não há sofrimento nem dores que sejam eternos.  Por isso, precisamos mais do que nunca, nos fortalecer na e na gratidão. Pois será dessa forma que iremos caminhar por novas estradas e por novos caminhos. Perseverar sempre, estacionar jamais. Pense nisso carinhosamente.  Namastê.

 

Referências:

Texto: www.vittude.com

www.omnihypnosis.com.br

Imagem: www.pinterest.com.br

 

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