Por Wescley Farias
Nos últimos dias tivemos uma grande polêmica em torno do bolinho de feijão mais famoso do Brasil – o acarajé. Então vamos aproveitar a oportunidade para colocar mais pimenta e deixar mais “quente” um destino chamado Salvador. Isso mesmo pessoal, vamos apresentar para vocês a capital dos baianos, uma cidade rica em história, cultura e alegria que recebe milhares de visitantes durante todo o ano, mas não vamos falar do acarajé.
Para quem ainda não conheceu a Bahia, existem algumas cidades que são muito conhecidas pelo mundo a fora, dentre elas está Salvador. Quem nasce na capital baiana é conhecido como soteropolitano e um dos pontos mais agradáveis é justamente a receptividade que a população tem ao receber quem chega de outras cidades do país para conhecer uma das cidades mais lindas.
Existem três portas de entrada para quem deseja chegar a cidade de Salvador. A cidade possui rodoviária, aeroporto e um porto marítimo. É isso mesmo, os visitantes podem chegar de ônibus, avião e até mesmo de navio ou ferry boat. Seja por terra ou por mar existem alguns pontos turísticos que são passagem obrigatória para qualquer visitante. E na coluna desta semana, vamos destacar alguns pontos que valem a pena conhecer que fazem parte do roteiro de qualquer agência e existem outros que ainda não fazem parte dos roteiros comercializados, mas são interessantes de serem visitados.
A cidade é dividida em duas partes. A cidade alta e a cidade baixa. Quem passa pela cidade baixa, podemos destacar a Igreja do Senhor do Bonfim com suas festas religiosas que acontecem no mês de janeiro, a orla da Ribeira com sua extensa faixa litorânea onde as pessoas podem ver um belo por do sol apreciando uma deliciosa moqueca de frutos do mar, a praia de Boa Viagem com suas águas cristalinas que mais parecem uma piscina de águas naturais e com ondas bem leves para quem gosta de aproveitar o mar mais calmo. Podemos destacar também o Santuário de Irmã Dulce, mas este local merece uma coluna exclusiva nos próximos dias.
Ainda na cidade baixa, seguimos em direção a região do comércio, onde ficam localizados alguns atrativos culturais como o Mercado Modelo, onde as pessoas podem adquirir alguns souvenirs para ter de lembrança da capital baiana, o Museu Cidade da Música da Bahia com exposição sobre os diversos ritmos musicais organizado em três andares e nele ainda tem um momento de descontração, onde os visitantes podem cantar no karaokê e ainda receber a gravação por e-mail. Ainda na cidade baixa o visitante pode ir para a parte alta através do Elevador Lacerda, que mesmo não sendo panorâmico é uma atração para todos que chegam na capital. Se você quer está na cidade baixa e quer ir para a parte alta, o Elevador Lacerda é a melhor opção e custa apenas quinze centavos. É isso mesmo, esteja com as moedas no bolso para facilitar a sua subida.
Chegando na parte alta da cidade, o visitante chega ao centro antigo, conhecido também como pelourinho, um local rico em história, cultura e gastronomia. É no Pelourinho que os visitantes se encantam com as histórias do surgimento da cidade, contadas através das narrativas dos Guias de Turismo (Na próxima semana daremos um destaque a este profissional muito importante para os destinos turísticos).
Com diversos atrativos que devem ser obrigatórios durante a passagem pela cidade alta, destacamos a Praça da Sé, o Terreiro de Jesus e o largo do Pelourinho. Nesses locais o visitante pode conhecer o Museu Casa do Carnaval, A igreja e Convento de São Francisco – conhecida também como Igreja de ouro, o museu afro-brasileiro, a casa de cultura Jorge Amado. É no Pelourinho que algumas festas culturais também acontecem em alguns largos que são bem conhecidos pelos frequentadores do local – O largo Teresa Batista, o largo Pedro Arcanjo, o Largo de Tieta e o Largo Quincas Berro D’água, todos eles com diversas atrações culturais durante todo o ano, dando destaque aos ensaios do Olodum e também do grupo afro chamado Ilê Ayê.
Saindo do centro histórico, temos outros atrativos muito interessante que vai da orla do Porto da Barra, passando pelo Farol, passando pela Ondina, até chegar ao Rio Vermelho, onde acontecem os tradicionais festejos de dois de fevereiro – o dia de Yemanjá celebrado tanto para quem é das religiões de matrizes africanas quanto por aqueles que gostam de apreciar uma bela festa cultural.
É verdade que o tamanho desta coluna deveria ser ainda maior para conseguir te apresentar toda a cidade, mas vamos deixar que você leitor veja com o seu agente de viagens para que ele coloque em seu roteiro os melhores atrativos da cidade. Mas uma coisa é fato, separe ao menos cinco dias para que a sua visita seja feita de maneira tranquila e você possa desfrutar cada atrativo com o tempo adequado.
Viu aí? Nem criamos polêmica dizendo que em todos esses lugares você pode encontrar o famoso acarajé para não criarmos polêmicas em torno do famoso bolinho que está em todas as rodas de conversas na Bahia. Seja qual for a cidade que você visitar na Bahia, você encontrará tanto o acarajé que é o bolinho frito quanto o abará que é o mesmo bolinho, porém cozido. E sabe qual deles é o mais gostoso? Os dois. Experimente pelo menos um de cada e seja ainda mais feliz na capital dos soteropolitanos.
Consultas:
Historiador e antropólogo da BA explicam por que acarajé pode ser reconhecido como patrimônio histórico cultural de outro estado | Bahia | G1 (globo.com)
Igreja e Convento de São Francisco – Salvador da Bahia
Santuário Senhor do Bonfim (santuariosenhordobonfim.com)
Wescley Farias
Turismólogo, Consultor de Turismo e Guia de Turismo Nacional
@turismologofarias | @tzviagens_wifarias_ba
Matéria enviada para coluna de Turismo do Som de Papo em 27/10/2023
