quarta-feira, maio 8, 2024
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Os Santos Juninos: a mística e as crendices populares

Por Dôra Paiva

Junho já chegou e com ele muitas festividades estarão previstas para acontecerem, principalmente aquelas que estão relacionadas com a nossa identidade cultural e que são esperadas ansiosamente, pelas populações, principalmente das cidades interioranas dos Estados, com grande destaque 0para os da região Nordeste. Essa parte do nosso país, anseia muito pela chegada do mês de Junho, para comemorarem os festejos juninos, tão tradicionais nesta região.
Muito embora essas festividades, já estejam perdendo a sua originalidade, em algumas áreas, entretanto, o povo nordestino batalha ferozmente, para a manutenção das tradições que envolvem o mês mais festivo do ano. O Nordeste brasileiro, atua como uma verdadeira força de resistência, para não permitir que a tecnologia musical, invada o terreno verdadeiro e tradicional dessas festas. O triângulo, a zabumba, a sanfona, estão em algumas partes do Brasil, dando lugar às músicas eletrônicas e aos acordes das guitarras eletrizadas.
No meio de tantas comemorações, ressaltamos aqui a força e a devoção do povo brasileiro, aos três Santos que são homenageados nesse mês: Santo Antônio- São João e São Pedro. Santos esses que são pertencentes à Igreja Católica Apostólica Romana e que foram verdadeiros baluartes, na épocas em que viveram neste orbe terrestre. Santos, que são cultuados pela população brasileira, com muita fé e adoração. Daí, que a pedidos, a coluna Positividade hoje, estará trazendo para todos vocês, um pouco do Universo dos mitos e das crendices que envolvem esses três ícones do Catolicismo. Vamos lá:
SANTO ANTONIO – seu verdadeiro nome era Fernando Antônio de Bulhões, nascido em Lisboa. Filho de família rica e nobre, entrou para a vida religiosa aos 19 anos, contra a vontade dos pais. Mais tarde, ao ser ordenado frade, adotou o nome Antônio, ficando assim conhecido para todo o sempre. Era um teólogo, um doutor na área, discípulo de grandes filósofos e estudiosos, hoje é conhecido como o santo casamenteiro. De onde surgiu essa história? Conta- se que essa fama surgiu após a sua morte, quando uma jovem que ansiava muito casar -se e nunca realizou esse sonho. Foram várias tentativas frustradas e ao receber uma imagem do Frei Antônio, já canonizado, ela fez um pedido para que ele lhe conseguisse um noivo. O pedido se concretizou e o feito se espalhou por toda a cidade. Dessa forma, todos que estavam com os seus relacionamentos amorosos embaraçados, passaram a pedir a Santo Antônio, que intervisse para que o casamento se realizasse.
SÃO JOÃO – é o santo mais próximo de Jesus, além de ser seu primo, foi o precursor do Mestre, quando anunciava em suas pregações pelo deserto, que o Messias estava chegando, para trazer a Boa Nova. Por fazer inúmeros batismos, a aqueles que se dedicavam à causa cristã, ficou conhecido como João Batista (aquele que batiza). Nas suas pregações, denunciava as atrocidades e os desregramentos do rei Herodes. Morreu decapitado, a pedido de Salomé, que apaixonou-se e foi rejeitada por ele. Nos seus momentos de pregação, ele enfatizava a alegria e o festejar da Boa Nova, por isso ao ser santificado, ficou conhecido como o Santo Festeiro. Por essa razão, a data da sua morte, em 24 de Junho, é comemorada com muita alegria e fartura de alimentos, próprios das regiões. Fogos são estourados, fogueiras são acessas, balões são soltos, para celebrar a Nova Era, os novos tempos.
SÃO PEDRO – nascido na Galileia, ele era um pescador de nome Simão, que foi apresentado a Jesus pelo seu irmão e sócio André. Os dois emprestaram um barco para que o Mestre, pudesse realizar uma das suas pregações. Fascinado pelo trabalho de Jesus, o pescador passou a seguir os seus passos. O Mestre o chamou de Kephas, cujo significado é Pedra, em aramaico. Ele é o grande fundador da Igreja Católica e o seu primeiro Papa. Tempos depois, o Cristo deu a ele o poder de edificar a sua Igreja e espalhar o evangelho pelo mundo. Passou para ele, o poder dos céus, daí é que vem a crendice de que São Pedro é o dono das chuvas. Por ser muito incisivo em suas colocações, ele foi preso várias vezes, até ser condenado a ser crucificado tal como Jesus. Porem o antigo pescador pediu para ser pregado na cruz, de cabeça para baixo, por não querer ser comparado ao Mestre.
Pois bem meus amigos, resumidamente essa é a mística e as crendices populares, que permanecem até hoje no imaginário dos homens. O que importa neste texto, é a mensagem de entrega e devotamento que esses homens tiveram, para manterem acessa a chama da Verdade, do Amor e da Paz, tão bem trazidas por Jesus. Foram três fiéis escudeiros que mantiveram a sua força e a sua coragem, em meio ao poder tirânico reinante na época. Pense nisso carinhosamente. Namastê!

Referências:
Texto: www.cruzterrasanta.com.br
www.santa.cancaonova.com

Imagem: www.academiaipuense.com.br

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