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Cazuza: 30 anos de ausência

Por Daniel Chagas

Agenor de Miranda Araújo Neto, Cazuza como é conhecido, nasceu 4 de abril de 1958 no Rio de Janeiro, era cantor, compositor, poeta e letrista brasileiro conhecido por ser vocalista e letrista da banda Barão Vermelho, fez uma parceria marcante ao lado do Roberto Frejat e depois seguiu carreira solo, Cazuza era conhecido como um dos principais poetas da música brasileira, também ficou conhecido por ser polêmico, rebelde e boêmio. Declarou em entrevistas ser bissexual, foi 1989 declarou ser portador do vírus HIV , (causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), e morreu em 7 de julho de 1990, aos 32 anos de idade no Rio de Janeiro.
Filho de Lucinha Araújo e de João Araújo ( Produtor fonográfico ) , Cazuza teve contato com a música desde pequeno, teve preferência por canções dramáticas, e melancólicas , também era fã da roqueira Rita Lee, para quem ele compôs a letra da canção “ Perto do Fogo “, mais tarde interpretada por ela, cresceu no Bairro do Leblon e estudou no colégio Anglo-Americano , por volta de 1965 Cazuza começou a escrever poemas e compor letras que mostrava a avó.


Graças a influencia profissional do pai, cresceu rodeado de grandes nomes da música popular brasileira, dentre eles: Caetano Veloso, Gal Costa, Elis Regina, Gilberto Gil, João Gilberto e etc. Durante as férias em Londres em 1972, conheceu as canções de Janes Joplin, Led Zappelin e Rolling Stones e se tornou fã dos mesmos, já em 1976 foi aprovado em comunicação, mas desistiu do curso logo em seguida, pouco tempo depois começou a frequentar o Baixo Leblon, onde levou uma vida boêmia, fumando, bebendo e se relacionando com homens e mulheres. O pai vendo aquilo, criou um emprego para ele na Som Livre, onde foi fundador e presidente , tudo isso para evitar que o filho continuasse a rebeldia de Cazuza.


Em 1979 fez um curso de fotografia na Universidade da Califórnia em Berkeley nos Estados Unidos, em 1980 voltou para o Rio de Janeiro e ingressou no grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone no Circo Voador, nesta oportunidade cantou em público pela primeira vez, certo dia o cantor e compositor Leo Jaime , foi convidado para compor uma banda de Rock de Garagem, mas não aceitou e indicou o Cazuza, surgia ali o Barão Vermelho, o vocalista caiu na graça da banda, em seguida ele apresenta a banda as letras que havia escrito e passa então a compor com Roberto Frejat, formando uma das duplas mais cultuadas do rock brasileiro. A partir dali, a banda deixa de cantar Covers e passa a criar seu próprio repertório, dentre as mais diversas canções, as que mais destacam-se são: “Bilhetinho Azul”, “Ponto Fraco”, “Down Em Mim”, “Todo Amor Que Houver Nesta Vida”.


Em Outubro de 1985, Cazuza foi internado para tratar uma Pneumonia, ele exigiu fazer o teste de HIV, mais foi negado, Em Novembro do mesmo lançou o primeiro álbum solo, “Exagerado” composta em parceria com Leoni, se tornou sucesso e marca registrada. Já em 1987, o cantor foi internado novamente com Pneumonia, outro teste de HIV foi feito e o resultado foi positivo, em Outubro Cazuza foi internado na Clinica São Vicente, no Rio de Janeiro para tratar a Pneumonia, em seguida foi levado por seus pais aos Estados Unidos onde foi submetido ao tratamento com AZT ( Azidotimidina ) um fármaco indicado para o tratamento da Aids durante dois meses no New England Hospital .
Em Outubro de 1989, após quatro meses de tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza partiu para Boston onde ficou internado até Março de 1990 voltando assim para o Brasil, foi em 07 de Julho de 1990, aos 32 anos que Cazuza veio a óbito provocado por um Choque Séptico causado pela Aids, o enterro foi marcado por amigos, familiares e milhares de fãs de todo o pais, o caixão lacrado e coberto de flores foi levado à sepultura pelos ex. companheiros do Barão Vermelho, foi sepultado no cemitério São João Batista , no Rio de Janeiro.
Durante essa semana, Terça-Feira (7) , a mãe de Cazuza, Lucinha de Araújo, 83, Fundadora da Sociedade Viva Cazuza que acolhe pacientes vitimas do HIV, promoveu uma homenagem digital ao filho, na Paróquia da Ressureição – RJ, o evento lembrou os 30 anos da morte do cantor e compositor . Lucinha que afirmou que não teve tempo para se despedir antes da morte “ Eu me recusava a falar em morte e não queria que ele falasse, João também não queria. A gente colocou um véu na nossa frente”

Referências/Créditos das fotos:

www.diariodorio.com  www.gaz.com.br

f5.folha.uol.com.br

 

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