Por Dôra Paiva
Um certo dia, há muitos anos atrás, o pai da Psicanálise, o genial SIGMUND FREUD, na sua vasta sabedoria externou a seguinte assertiva: “Tudo compreender, não é perdoar”. Em outra ocasião, o também maravilhoso LIEV TOLSTÓI, o maior escritor russo, representante do gênero Realismo, afirmou: “Compreender tudo, é tudo perdoar”. Duas opiniões divergentes, de dois geniais representantes de uma área do conhecimento científico. Mas afinal COMPREENDER É PERDOAR? Vamos tentar em breves linhas, trazer esses questionamentos, sem induzir ou levantar bandeiras. Iremos argumentar e fornecer o material didático, para que cada um faça a sua devida análise individual, sobre essa questão. Vamos lá:
O COMPREENDER e ACEITAR, não significa que deveremos fechar os olhos para tudo aquilo, que vivenciamos, em determinadas situações. PERDOAR, sempre foi considerado por muitos, como uma grande virtude. O COMPREENDER e o PERDOAR, são estruturas complementares do AMOR. Os dois vão favorecer o entendimento sobre a verdadeira essência do outro.
Como é difícil, para todos nós COMPREENDER, aquela pessoa que nos traiu, que nos injuriou, ou nos prejudicou em algum nível. No entanto, nós também erramos, cometemos injustiças, magoamos pessoas e nesta hora, buscamos justificativas, visando a compreensão dos outros e ate mesmo o Perdão, das pessoas.
O poder do PERDÃO, o ato de PERDOAR, só será validado, se houver a compreensão e o entendimento das coisas. O COMPREENDER, é uma atitude caridosa, em favor daquele que nos causou danos grandiosos.
PERDOAR, para quem já sofreu com situações de traições e violências em algum nível, é algo muito difícil e até improvável de ser configurado. Porém, se faz necessário que salientemos, algumas consequências que se instalarão nesse contexto. As pessoas devem tomar conhecimento, de que armazenar rancor, ódio, ou outro sentimento negativo por um bom lastro de tempo, poderá estar gerando algumas alterações do seu bem estar seja ele: físico, mental, emocional e espiritual.
Quando somos atingidos por esses “pedregulhos”, a medida mais salutar é PERDOAR. E por se tratar de uma tarefa nada fácil, será preciso organizar em nós, as estruturas que possibilitam, minorar o sofrimento e consequentemente liberar verdadeiramente, o outro. Essa é uma tarefa longa, angustiante, porém muito Redentora.
PERDOAR, não significa esquecer completamente, os erros e as agressões, nem tão pouco, voltar a ter um amigável relacionamento com o agressor Esse é um posicionamento, pelo qual iremos melhorar a nossa saúde mental, emocional. Levando-nos à superação dos sentimentos negativos, tais como a raiva, o rancor e a ansiedade. A nossa saúde, em qualquer nível, sempre deve ser buscada e processada em nós. O equilíbrio psicológico é tarefa primordial para todos nós. Pense nisso carinhosamente. Namastê!
Referências
Texto:www.vittude.com
Imagem:www.consciencial.org
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