domingo, abril 28, 2024
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O movimento Coluna Prestes

 Por Carlos Alberto de Oliveira

A Coluna Prestes, foi um movimento, que teve sua gênese em resultado do tenentismo, teve como líder principal Luis Carlos Preste, mais conhecido por Cavaleiro da esperança, que junto com oficiais do exército que em 1922, motivaram-se a indigna-se com a insatisfação dos quadros militares com o governo brasileiro, a partir do desfeche da politica oligárquica no período da república velha. Entre os anos de 1921 e 1922, foi realizada intensa campanha eleitoral para eleger o novo presidente que assumiria o país em 1922. De um lado, o candidato era Artur Bernardes; do outro lado, havia Nilo Peçanha (candidato da oposição). Durante o percurso do processo eleitoral, a relação dos militares com o governo, o qual representava as oligarquias paulista e mineira, deteriorou-se Primeiramente, foram veiculadas cartas falsas em que o candidato Artur Bernardes realizava criticava membros do exército, as relações agravaram-se depois que o presidente Epitácio Pessoa ordenou o fechamento do Clube Militar e a prisão de Hermes da Fonseca, sobrinho do ex presidente Marechal Teodoro da Fonseca.

O acontecimento repercutiu descarte de maneira imediata e, poucas semanas depois, deflagou ocorrência da Revolta do Forte de Copacabana em 1922. Os tenentistas, como ficaram conhecidos, atuaram de maneira ativa até 1927. e durante esse período, organizaram novas revoltas em diferentes partes do Brasil, sendo uma delas bastante significativa a Revolta Paulista de 1924. A Revolta Paulista, iniciou-se no dia 5 de julho de 1924, e foi uma das primeiras séries de rebeliões tenentistas, que se espalharam pelo Brasil nesse ano. Os tenentistas, em geral, exultava a derrubada do governo de Artur Bernardes, e a implantação de mudanças sociais, políticas e econômicas no país.

Os tenentistas ocuparam a capital paulista por cerca aproximadamente três semanas, mas em razão da intimidação das forças governamentais que os atacavam, optaram por abandonar a cidade de São Paulo. A retirada dos tenentistas paulistas, levou-os a se estabelecer em Foz do Iguaçu, no Paraná. O movimento formou-se, quando tenentistas rebelados no Rio Grande do Sul, sob a liderança de Luís Carlos Prestes, uniram-se com os tenentistas paulistas instalados no estado do Paraná. A junção das duas formas deu início à Coluna e à marcha pelo interior do pais, na defesa de seus ideais revolucionários. A Coluna Prestes, segui nesse momento contava com aproximadamente 1.500 homens e tinha alguns nomes importantes, como Miguel Costa, Juarez Távora e Isidoro Dias Lopes, e Juracy Magalhães.

A partir daí, iniciou uma marcha que transpôs grande parte do pais, cerca de 25 mil quilômetros. A recepção dos membros da Coluna, nas cidades do interior em que passavam era inúmeras. Enquanto em alguns locais eles eram recebidos com festividade heroísmo pela população; já em outros, ocasião de maneira contrita e desconfiança por conta das ações que desempenhava, entre seus objetivo seguiu denuncias dos desmandos governamentais, sendo aderidas por sertanejos, contra os poderes das elites agrarias e explorações aos mais carentes, formando uma verdadeira frente revolucionaria, entre seus ideias estava a reforma do ensino educacional, abolição das desigualdade sociais, democracia, voto secreto, liberdade da imprensa.

O fato é relembrando pelo historiador e memorialista Pe. Geraldo Oliveira Lima, em seu Livro Marcha da Coluna Miguel, Preste Arrais no Ceará, No qual ressalta a passagem dos revoltosos nos sertões de Crateús, em 1926, sendo o antecedente, bastante comentado nos dias atuais, no município vizinho Nova Russas, cerca 60 km de distância, as autoridades ao saber da notícia, que os revoltosos, marchava em direção a cidade, mandou telefonema ao governador Moreira da Rocha, não obtendo exito o prefeito Cel Antônio Rodrigues Veras, então resolveu utilizar de suas artimanhas, recebendo os lideres com prestigio, sendo oferecido um churrasco, evitando assim eventuais problemas locais. Apos percorrer 25 mil km pelo pais, em intensa lutas os membros resolveram-se exila-se na Bolívia, em fevereiro de 1927 o movimento chegou ao seu declínio.

Acadêmico em Historia: Carlos Alberto de Oliveira.

Referencias bibliográficas:

OLIVEIRA, Lima Geraldo. Marcha da Coluna Miguel Costas Preste Arrais no Ceará.1° Edição 1990, Companhia das letras.

André Luiz Lucas Venâncios Júnior. Pedagogia e Poder em “O cavalheiro da esperança”. De Jorge Amado em 1942 a1945. 2016, 1° edição, editora Portuguesa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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