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Oscar Niemeyer: o pai da arquitetura

Por Viviane Vidmar

Oscar Niemeyer (1907-2012) foi um arquiteto brasileiro, responsável pelo planejamento arquitetônico de vários edifícios públicos de Brasília, a capital do Brasil. É um dos maiores representantes da arquitetura moderna mundial, com mais de 600 obras pelo mundo. Sua principal característica é o uso do concreto, vidro, curvas e vãos livres, com seu estilo inconfundível.
Oscar Niemeyer Soares Filho nasceu no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, no dia 15 de dezembro de 1907. Em 1928 casou-se com Anita Baldo, filha de imigrantes italianos, com quem teve uma filha. Para sustentar a família, trabalhava com o pai na tipografia da família.
Em 1929, entrou para a Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, onde concluiu arquitetura, em 1934. Iniciou-se na profissão como estagiário no escritório de Lúcio Costa e Carlos Leão.
Primeiros Trabalhos
Em 1936, Oscar Niemeyer foi designado para colaborar com o arquiteto franco-suíço, Le Corbusier, idealizador da arquitetura moderna na Europa, que estava projetando a sede do Ministério da Educação e Saúde (hoje palácio Gustavo Capanema) no Rio de Janeiro. Em 1939, junto com Lúcio Costa, projetou o pavilhão brasileiro da Feira Internacional de Nova Iorque.
O Conjunto da Pampulha
Em 1940, Niemeyer teve a oportunidade de conhecer, o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek. Convidado pelo político realizou seu primeiro grande projeto, o Conjunto Arquitetônico para da Pampulha, bairro da capital mineira ainda em formação.
O projeto é formado por um Cassino (hoje museu), restaurante, clube náutico e a Igreja de São Francisco de Assis ou Igreja da Pampulha. O projeto contou com a participação de Joaquim Cardoso, Burle Marx, Bruno Giorgi entre outros.
Projeto da ONU
Em 1945, Oscar Niemeyer foi convidado para participar, com dez arquitetos de renome, do Comitê Internacional de Arquitetos para projetar a nova sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque.
O desenho final do edifício combinou dois projetos: o que havia sido apresentado por Le Corbusier e o de Niemeyer. Nesse ano, filia-se ao Partido Comunista Brasileiro.
Obras Projetadas em Brasília


Em 1956, Juscelino Kubitschek, então Presidente da República, encomendou ao arquiteto Oscar Niemeyer um projeto para a construção da nova capital do Brasil, a ser inserida dentro do estado de Goiás, no Planalto Central da Região Centro-Oeste do país.
O Plano Piloto de Brasília, que lembra o formato de um avião, foi elaborado pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa, que foi o vencedor do concurso realizado em 1957.
Oscar Niemeyer foi o responsável pelo projeto de diversos edifícios públicos de Brasília, onde se destacam o concreto, o vidro, as curvas e os vãos livres, características de seus trabalhos.
Entre seus projetos destacam-se: o Palácio da Alvorada (residência presidencial) e a capela anexa, o Palácio do Planalto (sede do poder executivo), os edifícios do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, a Catedral e o Teatro Nacional. A nova capital do Brasil foi inaugurada no dia 21 de abril de 1960.
Palácio da AlvoradaPalácio da PlanaltoCongresso Nacional
Exílio na França
Com o golpe militar de 1964, Niemeyer, filiado ao Partido Comunista, se exilou na França. Em 1972, abriu seu escritório nos Champs Elysées, em Paris. Nesse mesmo ano, projeta o Centro Cultural Le Havre, França. Em 1980, retornou ao Brasil. Nessa época, projetou o Memorial JK em Brasília e o Sambódromo, no Rio de Janeiro.
Museu de Arte Contemporânea
Depois de Brasília, Niterói, no estado do Rio de Janeiro, é a cidade que tem um maior número de obras de Niemeyer, entre elas o Teatro Popular Oscar Niemeyer e o Museu de Arte Contemporânea, em estilo futurista, inaugurado em 1991.
Museu de Arte Contemporânea


Vida Pessoal
Oscar Niemeyer foi casado com Anita Baldo, durante 76 anos, ficou viúvo em 4 de outubro de 2004. Em 2006, casou-se com sua secretária Vera Lúcia Cabreira, de 60 anos. Sua filha Anna Maria lhe deu cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos.
Oscar Niemeyer faleceu de insuficiência respiratória, no Hospital Samaritano de Botafogo, Rio de Janeiro, no dia 5 de dezembro de 2012. Foi velado no Palácio do Planalto, em Brasília e sepultado no Rio de Janeiro.
Prêmios
Prêmio Leão de Ouro da Bienal de Veneza (1949)
Prêmio Pritzker de Arquitetura (1988)
Prêmio Príncipe das Astúrias da Arte (1989)
Medalha do Mérito Cultural do Brasil (2007)
Alguns Livros
Minha Experiência em Brasília (1961)
A Forma na Arquitetura (1978)
Conversa de Arquiteto (1993)
A Curva do Tempo (1998)
Minha Arquitetura (2000)

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