Por Dr. Paulo Roberto Reis
Psicólogo Clínico
Quantas vezes você já se pegou esperando o aval de alguém para tomar uma decisão importante na sua vida? Seja mudar de emprego, terminar um relacionamento ou simplesmente dizer “não” — muitas pessoas travam, sentem culpa e até adoecem por medo de desapontar os outros. Viver assim é viver com o freio de mão puxado, pedindo autorização para ser quem se é. Mas a verdade é simples e libertadora: você não precisa da aprovação de ninguém para viver sua própria vida.
O filósofo Jean-Paul Sartre dizia: “Estamos condenados à liberdade”. Parece pesado, mas ele queria dizer que somos responsáveis pelas escolhas que fazemos — e que não há como terceirizar essa responsabilidade. Viver com autenticidade exige coragem, e nem sempre fomos ensinados a escutar nossos desejos sem medo do julgamento. Crescemos tentando agradar, caber, ser aceitos. E quando nos damos conta, a vida virou um papel escrito por outras mãos.
É nesse ponto que a psicoterapia entra como um espaço de resgate. Ali, aos poucos, a pessoa aprende a escutar a si mesma, a reconhecer o que é seu e o que foi imposto. A psicoterapia não dá respostas prontas — ela ajuda a construir perguntas mais honestas. E a partir delas, surgem escolhas mais conscientes, mais alinhadas com quem a pessoa é de verdade. Como disse Nietzsche: “Torna-te quem tu és.” Uma frase curta, mas cheia de força e responsabilidade.
A boa notícia é que é possível recomeçar. É possível sair do ciclo de viver para agradar, mesmo depois de anos. O processo é gradual, e não significa abandonar tudo ou ser egoísta — mas sim, respeitar os próprios limites, desejos e valores. É olhar para a vida e se perguntar: o que eu realmente quero? O que me impede? De quem, afinal, é essa vida?
A psicoterapia ajuda a tirar o excesso de vozes externas para que a sua própria voz volte a ser ouvida. É como abrir janelas em uma casa abafada. Aos poucos, entra luz, entra ar. E então, finalmente, você percebe: não precisa mais pedir permissão para existir. Porque a sua vida não foi feita para agradar plateias invisíveis, mas para ser vivida com verdade. E quando você se escuta com coragem, começa a construir um caminho que tem o seu nome, o seu ritmo e o seu sentido.
Paulo Roberto Reis é psicólogo clínico especializado em Terapia Cognitivo-Comportamental e idealizador da Longevos Psicologia, uma clínica voltada para o cuidado da saúde mental e longevidade. Graduado em Psicologia pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL), Paulo é também mestrando em Estudo de Linguagens pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Com uma sólida formação acadêmica, é pós-graduado em Gerontologia, Terapia Cognitivo-Comportamental e Neuropsicologia. Além de sua prática clínica, Paulo é colunista do Portal Som de Papo, onde escreve sobre saúde mental aos domingos, contribuindo com informações e reflexões sobre o bem-estar psicológico.
Imagem desconhecida. Disponível em: https://vamosrezar.com.br/conceito-de-liberdade/




Boa tarde! Verdade as vezes deixamos de viver p se preocupar com q os outros falam, acabamos nos sentindo culpados ou frustrados c alguma coisa q não conseguimos realizar, o tempo passa e não sabemos de onde vem tantas angustias, tristezas e as vezes doenças.