Por Artur Santos — Hipnoterapeuta
Coluna Som de Papo
Você já percebeu como determinadas situações despertam emoções desproporcionais?
Às vezes, uma simples palavra, um tom de voz ou um olhar pode ativar tristeza, raiva ou medo.
Isso acontece porque as memórias emocionais estão vivas dentro de nós — e continuam influenciando a forma como reagimos ao mundo.
A mente não separa passado e presente.
Para o cérebro, o que foi vivido com intensidade continua ativo, pronto para ser relembrado a qualquer momento.
Por isso, um conflito atual pode despertar a mesma sensação de impotência que você sentiu quando era criança — ainda que a situação seja completamente diferente.
Essas memórias são como mapas emocionais.
Elas orientam nossas escolhas, nossos relacionamentos e até o modo como nos enxergamos.
Mas o mais importante é saber que esses mapas podem ser atualizados.
Quando revisitamos essas lembranças com consciência e segurança, o cérebro entende que o perigo passou e que o contexto mudou.
É como se disséssemos para o sistema nervoso: “Está tudo bem agora. Você já cresceu. Pode descansar.”
E é nesse instante que as reações automáticas começam a perder força.
Transformar não é esquecer.
É dar novo sentido ao que antes doía, para que a vida volte a fluir com leveza e presença.
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