Por Gilanio Calixto.
O Natal, tradicionalmente associado à celebração, união familiar e solidariedade, tem sido cada vez mais marcado por um apelo intenso ao consumo. Vitrines iluminadas, campanhas publicitárias emocionais e facilidades de crédito criam a sensação de que demonstrar amor está diretamente ligado ao ato de comprar. Contudo, por trás do brilho das festas, esconde-se uma realidade preocupante: o endividamento crescente de milhares de cidadãos.
O estímulo ao consumo e a falsa ideia de felicidade – durante o período natalino, o mercado intensifica estratégias que associam presentes caros à felicidade, ao sucesso e à realização pessoal. Parcelamentos longos, crédito fácil e promessas de “começar o ano sem pagar nada” reforçam uma falsa sensação de controle financeiro.
Essa lógica estimula decisões impulsivas e cria a ilusão de que o consumo excessivo é necessário para proporcionar um Natal “perfeito”, quando, na prática, compromete o orçamento familiar por meses — ou até anos.
As dívidas contraídas no Natal não afetam apenas o bolso. Elas geram ansiedade, conflitos familiares, insônia e sensação de fracasso. O início do ano, que deveria representar renovação e esperança, torna-se um período de preocupação, marcado por contas acumuladas, juros elevados e restrição de crédito. Para muitas famílias, o endividamento compromete despesas essenciais como alimentação, saúde, educação e moradia, agravando ainda mais a vulnerabilidade social.
Um dos fatores menos discutidos do consumismo natalino é a pressão social. Pais sentem-se obrigados a atender expectativas irreais, jovens se comparam nas redes sociais e adultos associam seu valor pessoal à capacidade de comprar.
O medo de decepcionar transforma o Natal em um teste financeiro e emocional, quando, na essência, deveria ser um momento de partilha, afeto e simplicidade.
A falta de educação financeira ainda é um dos principais fatores do endividamento no Brasil. Planejamento, consumo consciente e diálogo familiar sobre limites financeiros são atitudes fundamentais para ressignificar o Natal.
Ensinar que presentes não substituem presença, e que equilíbrio financeiro também é um ato de cuidado, pode transformar não apenas as festas, mas a relação das famílias com o dinheiro.
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Fonte: Autoria própria e com imagens de internet.
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Gilanio Calixto Velez
Advogado e Professor
Advogado especialista em Direito Previdenciário e em Direito de Familia
Professor Universitário em Direitos Humanos e Educação Emocional
Palestrante Motivacional e de Carreira Profissional e Autor de Livros
Fundador do Instituto de Desenvolvimento Humano – Crer & Ser – Metodologia e Projeto de Vida – Campina Grande – PB e Queimadas – PB
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