Por Gilanio Calixto.
O fim de ano chega carregado de expectativas. Esperamos mais conquistas, mais sorrisos, mais respostas, mais certezas. Criamos promessas silenciosas ao longo dos meses, acreditando que dezembro traria fechamento, alívio e sensação de dever cumprido. Mas, para muitos, o ano termina com perguntas abertas, sonhos adiados e um cansaço que não aparece nas fotos de celebração. E isso dói. O peso das metas que não se cumpriram.
A sociedade nos ensinou a medir o valor do ano pelos resultados alcançados. Listas de metas, comparações nas redes sociais e balanços pessoais criam a sensação de que falhamos quando não chegamos onde imaginávamos. O que quase ninguém diz é que sobreviver a um ano difícil também é uma vitória. Nem todo crescimento é visível. Nem toda luta termina em aplausos. As perdas que ninguém planejou.
Há frustrações que não estão ligadas a objetivos, mas a ausências. Pessoas que partiram, relações que se quebraram, caminhos que não se sustentaram. O fim de ano intensifica essas dores porque ele insiste em celebrar, mesmo quando o coração ainda está tentando se recompor. É difícil brindar quando a alma está cansada de tentar ser forte o tempo todo. O silêncio por trás dos sorrisos.
As festas de fim de ano pedem alegria, mas nem todos conseguem atender a esse pedido. Muitos sorriem para não explicar. Outros se isolam para não chorar. Existe uma solidão específica desse período: a solidão de quem sente que ficou para trás, mesmo tendo dado o seu melhor. Sentir isso não é fraqueza. É humanidade. Expectativas irreais e cobranças internas.
Esperávamos mais de nós mesmos. Mais coragem, mais disciplina, mais sucesso. Nos cobramos por não termos sido quem achávamos que deveríamos ser. Esquecemos que ninguém atravessa um ano ileso, e que a vida real não segue cronogramas perfeitos.
Às vezes, a frustração não vem do que faltou, mas do excesso de cobrança. O valor do que resistiu. Mesmo em um ano difícil, algo permaneceu. Uma força que não sabíamos que tínhamos. Um dia a mais vivido. Uma dor enfrentada.
Um recomeço silencioso que ainda não ganhou nome. O que resistiu também importa — talvez seja o que mais importa. Nem todo ano precisa ser comemorado. Alguns precisam apenas ser honrados.
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Fonte: Autoria própria e Imagens de internet – Extra On-line.
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Gilanio Calixto Velez
Advogado e Professor
Advogado especialista em Direito Previdenciário e em Direito de Familia
Professor Universitário em Direitos Humanos e Educação Emocional
Palestrante Motivacional e de Carreira Profissional e Autor de Livros
Fundador do Instituto de Desenvolvimento Humano – Crer & Ser – Metodologia e Projeto de Vida – Campina Grande – PB e Queimadas – PB
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