Por Tiago Santana
O Brasil escreveu uma linda história nas duas semanas e meia de disputas dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, que se encerraram no domingo (11). A delegação que representou o país conseguiu alcançar três importantes metas estabelecidas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) antes do início do evento poliesportivo. As missões eram: voltar a ser a segunda potência esportiva das Américas, bater o recorde de pódios e, o mais complicado, o número de medalhas de ouros.
O país só havia terminado na vice-liderança no quadro geral de medalhas em 1963, quando a cidade de São Paulo sediou os Jogos. Ou seja, há 56 anos. De lá pra cá, tinha revezado entre o terceiro e o quatro lugares entre as potências esportivas das Américas.
Depois de confirmar a segunda posição, o que viesse seria lucro. E os recordes vieram, de pódios e de ouros. As marcas foram quebradas no sábado, no penúltimo dia de competição. Primeiro o feito em relação aos pódios, com a prata garantida no torneio por equipes feminino do tênis de mesa (Bruna Takahashi, Jessica Yamada e Caroline Kumahara), superando os 157 conquistadas no Pan do Rio em 2007 – maior número brasileiro até então. Em Lima, o Brasil teve 171 pódios.
Esportes individuais dão show
A natação e o atletismo foram os carros-chefes do Time Brasil. Nas águas, foram 30 medalhas: 10 ouros, nove pratas e 11 bronzes. Nas pistas, 16 pódios: seis ouros, seis pratas e quatro bronzes. Ginástica artística e vela também se destacaram com 11 e nove pódios, respectivamente. No judô, o Brasil conquistou 10 medalhas.
Alguns esportes surpreenderam e foram além do esperado. No taekwondo, sete medalhas de oito possíveis. No triatlo, dois ouros e duas pratas. Em Lima, o Brasil também conquistou seus primeiros ouros em algumas modalidades: no boxe feminino com Beatriz Ferreira, no arremesso de peso masculino com Darlan Romani, na classe 49er FX da vela com Martine e Kahena, na patinação artística feminina com Bruna Wurts e no badminton masculino com Ygor Coelho.
Conexão Lima/Tóquio
Com menos de um ano para a Olimpíada de Tóquio 2020, o Brasil utilizou os Jogos Pan-Americanos como um trampolim para garantir o máximo de representantes possível em solo japonês. O saldo em Lima foi bom, com 29 atletas classificados em oito modalidades.
A expectativa do COB é de levar uma delegação de aproximadamente 260 atletas para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. E, até o momento, 104 já estão com o passaporte carimbado para o Japão.
Fonte: (https://gauchazh.clicrbs.com.br/)