Por: Heberti Hipollito
Você nesse momento deve ter achado estranho uma coluna de teatro que tem a ideia de explicar um paralelo do termo “travesti” no teatro e como identidade de gênero. Sim, apesar de normalmente você ver esse termo como parte da sigla LGBT ela é utilizada também no teatro a muito tempo.
A alguns séculos mulheres eram proibidas de participar como atrizes de espetáculos teatrais e em muitos casos até mesmo de estar na plateia, por isso foi preciso durante muito tempo homens interpretarem papeis masculinos, então personagens famosos como Julieta de Romeu e Julieta do dramaturgo William Shakespeare foram vividos por homens, nesse período de proibição existiam atores masculinos exclusivamente rigorosamente treinados para viver exclusivamente papeis femininos.
Muito tempo depois o termo “Travesti” foi agregado socialmente na forma de identificar pessoas que nasceram com o sexo biológico masculinos, mas que adotavam vestes/aparência e se identificam como mulheres e que eram comuns trabalharem como profissionais do sexo.
Travesti é uma palavra de origem francesa que significa “disfarçar” e é exatamente esse seu significado no teatro assim como “fingir, enganar, fantasiar-se do sexo que não é o seu”. Mas socialmente falando “Travesti” se trata de uma identidade de gênero que não tem absolutamente nada a ver com fingir e sim ser por fora o que se é em sua mente¸ sentimentos e necessidades.
Por fim quando um ator se travesti é uma farsa ou “uma verdade teatral”, mas aquela travesti que passa por você na rua é a mas pura e verdadeira mulher que ela sabe que é e todos nós temos a obrigação de respeitar sua existência. Pois ela é milhares de vezes mais verdadeira do que aquela fofoca que você contou a sua vizinhança.
Fonte Texto: Pessoal
Fonte Imagem: Pessoal