quinta-feira, abril 25, 2024
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Ó PAÍ Ó – Com Vinicius Nascimento

Por Rasta Criativo

“Deixa eu ir amarrar o mal mainha”

Vai dizer não lembra desse momento icônico do filme ó pai ó gravando nas ruas arquitetônicas e históricas do Pelourinho? Nesse trecho do filme, o jovem ator, Vinicius Ribeiro Nascimento que viveu o personagem Cosme, irmão de Damião e filho de dona Joana, fingiu receber um chamado do “pessoal da igreja” que dizia precisar tomar pá de uma ação que supostamente havia acontecido, uma menina estava endemoniada, é daí vem aquela frase que se tornou atemporal na voz de Vinicius. “Deixa eu ir amarrar o mal mainha”.

Ao som dos tambores que rege a ancestralidade no pelourinho bate um papo descontraído e exclusivo com o ator afim saber o que mudou quase quinze anos após o lançamento desse grande sucesso internacional.

Já comecei perguntando como anda o coração, já que ele se tronou um belo rapagão, do jeito Cosme de ser ele me respondeu que “estou amarrado pelas entrelinhas do amor”. Não deu o @ da sortuda, mas disse que está vivendo uma fase plena do relacionamento o mesmo também me contou que é assediado por fãs de todos os gêneros e sempre responde com muito carinho, não é à toa que os amigos o chamam de “general do amor” pois vive cativando o coração de fãs e admiradores nas redes sociais. Vinicius hoje tem 23 anos se tornou Diretor de Áudio Visual e atua também em comerciais de TV e como modelo e fotografo.

Depois do estouro internacional do filme Ó Paí Ó, Vinicius atuou em outros sucessos como música minha vida, entre irmãs, o qual contracenou com Nanda Costa e grande elenco, deu voz (dublagem) ao personagem “ALCE” na animação A Era do Gelo 4 e participou de longas e curtas premiado a exemplo de “Doido Lelé”, A Beira do Caminho e Café, Pepi e Limão onde interpretou seu primeiro vilão. No meio desse bate papo fiquei curioso e perguntei sobre os planos futuros e ele me disse que pretende continuar atuando e que está investindo na carreira de modelo fotográfico e Diretor de Áudio Visual e está viagem marcada para concretizar novos trabalhos

Em meio esse bate papo no estilo salvador uma banda percussiva desfilava nas ruas do pelourinho (sem aglomeração e todos devidamente mascarados, como sugere a OMS), ele “embalou-se” no groove da banda  e até arriscou uns passos na modalidade Samba-Reggae, ainda ofegante Vinicius disse estar louco para que tudo isso acabe e que chegue logo carnaval pois é a festa que ele mais gosta, depois do dia 2 de fevereiro (festa de iemanjá), já aproveitei a deixa e quis saber sobre a fé Vinicius, sem titubear respondeu “ Minha religião é Deus, mas hoje minha fé é o candomblé, meu ensinamento, onde eu renovo as minhas energias diariamente”.

Se Dona Joana aprovou eu não sei, mas posso dizer que esse menino promete, eu sentir orgulho de ser baiano por entender que o sucesso é um estado de querer e a oportunidade é um veículo. Também perguntei onde vivia o menino que deu vida ao menino que encantou e deixou o coração do Brasil debulhado em lagrimas, pois como sabemos Cosme é assassinado ao final longa. Cheio de orgulho o ator falou “morro na rua das flores” essa rua se situa no largo do pelourinho, “ainda moro na mesma casa, que antes alugada, agora é próprio a qual comprei com suor do meu trabalho, só saio daqui se Deus é os Orixás quiserem” – afirmou o ator.

Pensaram que eu esqueci né? Claro que eu perguntei sobre o possível lançamento do O Paí ó 2 e cheio de mistério Vini disse em primeira mão para o Som De Papo que algumas cenas do novo filme já foram gravadas no dia 2 fevereiro, porém foram interrompidas por conta da pandemia, o mesmo afirmou está no elenco, mas ainda não pode dizer como e com qual personagem vai atuar, quase morri de curiosidade, até que ele para aliviar meu coração contou que o personagem dele vai ser tudo que a gente espera. É, eu seu sei! Não disse quase nada, me levou na graça, mas o som de papo vai ficar ligado e qualquer novidade já sabe né? A gente vai entregar tudo.  Pedi que para a gente encerar com uma mensagem bacana.  “Eu quero vacina, que quero paz, eu quero respeito, mais amor e dignidade para o povo preto.” Desejou o ator a todos os Brasileiros.

A verdade é que esse filme se confunde com a história da Bahia, são relatos reais e verdade vividas pela comunidade do Maciel Pelourinho, houve críticas? Sim! Pois o filme traz estereótipos fortes e comportamentos exacerbados dos corpos negros, mas uma coisa não dá pra negar, essa hipérbole cinematográfica fez o mundo inteiro se divertir com as meias verdades da Bahia, fortaleceu culturalmente a Pelourinho, mobilizou de forma positiva a mão de obra local deixando o rastro de satisfação para turistas e nativos, tanto foi o sucesso que uma segunda versão do filme está vindo aí quentinha quem nem acarajé e com tudo que temos direito. “Baiana, não esqueça do camarão viu! Porque eu mereço”

Então é isso viu “chu” se gostar da um like, curte comenta e compartilha porque a vibe é essa e semana que vem eu volto com mais um convidado que traz e faz cultura na Bahia.

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