quinta-feira, março 28, 2024
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Como anda a sua saúde sexual?

Por: Bruna Coelho

 

No último mês, nos dia 4, comemorou-se uma data emblemática para a sexologia. Dia 4 de setembro, o dia mundial da saúde sexual. E por que essa data é tão importante? Podemos considerar um grande avanço social a criação de uma data para conscientizar sobre a saúde sexual. De acordo com a OMS, a sexualidade é a “integração dos aspectos somáticos, emocionais, intelectuais e sociais do ser sexual, de maneira enriquecedora e que fortaleça a personalidade, a comunicação e o amor” e ainda “é o fortalecimento da vida e das relações pessoais, não a mera orientação e cuidado no que diz respeito à reprodução e doenças sexualmente transmissíveis”

Por outro lado, o conceito de saúde sexual “é o estado de bem-estar físico, emocional, mental e social relacionado à sexualidade; não se refere à mera ausência de doenças, disfunções ou enfermidades. A saúde sexual exige uma abordagem positiva e respeitosa no que tange a sexualidade e relacionamentos sexuais, assim como a possibilidade de ter experiências sexuais seguras e prazerosas, sem coerção, discriminação e violência. Para que a saúde sexual seja atingida e mantida, os direitos sexuais de todas as pessoas precisam ser respeitados, protegidos e cumpridos”.

Cabe salientar que durante muito tempo os assuntos relacionados a sexo sofreram boicote. Pesquisadores tiveram suas pesquisas queimadas, arquivadas, pessoas comuns eram perseguidas, consideradas desviada, mulheres queimadas como bruxas, políticas higienistas, atos sexuais como causadores de doenças…Sexo, sexualidade eram tratados de forma marginalizada. A masturbação, um ato tão importante para autoconhecimento, que durante anos foi tratado como algo vexatório e ganhou força com a chancela de filósofos que considerava um desperdício de tempo.

De forma geral, o prazer foi uma das últimas coisas a serem consideradas quando se trata de sexualidade. Primeiro, a finalidade era fortalecer a família, garantir herdeiros, consumar o casamento. O prazer passou a ser considerado pela sociedade ocidental após a pílula anticoncepcional. Ou seja, é relativamente novo considerar o prazer.

Herdamos uma educação repressora quanto a sexualidade, aprendemos desde cedo a negar o desejo, a considera-lo errado. Com o passar do tempo, ingressamos nas experiências sexuais norteados pelas incertezas, equívocos e com limitações que influenciam o comportamento e na maneira como lidamos com nossos desejos.

Os direitos à saúde sexual e reprodutiva (DSR) foram reconhecidos recentemente e são considerados uma conquista histórica, advinda da luta pela cidadania e pelos Direitos Humanos.

Abrangem o exercício da vivência da sexualidade sem constrangimento, da maternidade voluntária e da anticoncepção auto decidida.

Os direitos reprodutivos se fundamentam no reconhecimento do direito básico de todos indivíduos e/ou casais decidirem livremente e com responsabilidade sobre o número de filhos que desejam ter, sobre o espaçamento dos nascimentos e sobre o momento de ter um filho (planejamento reprodutivo). Reconhece-se também, o direito básico à informação e ao acesso aos meios de contracepção, e, o direito de se atingir padrão elevado de saúde sexual e reprodutiva.

Promover saúde sexual envolve ações que visem o melhoramento da vida, das relações interpessoais, do cuidado consigo e com parceiros afetivos e sexuais, obter informações sobre prevenção de doenças e gravidezes não desejadas, ter acesso a insumos de prevenção e espaço para conversar sobre afetividade e prazer.

É importante que o casal saiba avaliar como está a qualidade da sua vida sexual, se conseguem se comunicar bem, expressar o prazer sem medo, crenças limitantes e julgamentos.

Outro ponto é analisar a saúde do relacionamento através das seguintes perguntas: Quais as expectativas que deposito no meu parceiro? consigo identificar quando estamos com problemas? Quanto noto afastamento do meu parceiro, expresso minhas necessidades afetivas sem cobrar? Acredito que esta é uma importante oportunidade para perguntar: Como anda a sua vida sexual? Para além de frequência, como está a qualidade das relações?

Por outro lado, você pode se perguntar: como saberei se o sexo está bom ou não? Ou também: se meu parceiro não reclamou, então tá tudo certo!!!

Em minha experiência, afirmo que muitos não falam sobre a qualidade do sexo por medo te magoar o parceiro.  Esse é um problema muito comum em casais. Dificuldade de comunicar as insatisfações sobre o sexo. Por outro lado atendo também casais que quando o sexo é ótimo, porém não esboçam reação, não elogiam e até mesmo nem sabem dizer o que mais o atrai no parceiro. Cabe ressaltar que o tempo passa, a rotina toma conta e as relações vão perdendo a qualidade, ficando monótonas de forma que você consegue até adivinhar o script.

E pode ser também que alguns casais sejam “premiados” com parceiros com necessidades sexuais bem parecidas. Mas na realidade, a grande maioria tem parceiros com uma frequência diferente. E aí? o que fazer?

Priorize o diálogo. Conversar sobre preferências sexuais será de grande benefício para o casal. Vocês só têm a ganhar.

Boas surpresas podem surgir a partir disso. Aproveite!

1 COMENTÁRIO

  1. Temos que fazermos sexo seguro, com máscaras e capacete no rosto pra evitar o contágio do Corona vírus. O covid 19 é perigoso. Não precisa usar camisinha. Camisinha é bobagem. Temos que usar três máscaras no rosto e um capacete também. Temos que obedecermos direitinho os protocolos da OMS comunista e da televisão filho da puta.

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