quinta-feira, março 28, 2024
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Mulheres no Mercado de trabalho

Por Nilson Muniz

Sabemos que essa luta não é de hoje: as dificuldades, as superações e as conquistas das mulheres no mercado de trabalho vêm de muito tempo. E ainda assim há muito a ser feito.
Isso, é apenas um pouco dos problemas que envolvem as mulheres e os desafios na carreira feminina. Isso porque ainda é preciso lidar com o preconceito interno, o de não acreditar ser capaz de conseguir um cargo maior, um salário compatível ou ser reconhecida pelo o que faz. Para falar da situação atual das mulheres no mercado de trabalho, precisamos voltar um pouco no tempo para entender o caminhar da história. Podemos dizer que a industrialização, lá na década de 1940, foi o grande marco para as mulheres. Antes disso, aqui no Brasil, tomar conta da casa e das tarefas do lar eram as únicas atividades destinadas ao público feminino, já que a grande maioria precisava cuidar dos filhos e se mantinham sustentadas pelos maridos, uma realidade bem diferente da de hoje. Com a criação das indústrias, começou a faltar mão de obra e as mulheres foram chamadas para trabalhar, porém, recebendo salários mais baixos que os homens. Embora as mulheres também tenham entrado para o setor industrial, os maridos continuavam a receber salários maiores e sendo os principais responsáveis por sustentarem a casa. Por isso, apesar dos empregos em indústrias terem sido importantes para a entrada e firmação da mulher no mercado de trabalho, foram eles também que fomentaram a diferença de salários entre os gêneros, quando começaram a rotular e especificar lugares para a mulher trabalhar. Em 1970, o movimento feminista tomou conta dos EUA e isso se refletiu no Brasil, de modo que as mulheres passaram a ter um pouco mais de importância para a sociedade, como professoras, costureiras, atendentes de lojas etc. A partir daí a participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou, mesmo que a passos lentos, infelizmente, as pesquisas nos mostram que, apesar de muita luta e conquistas femininas, a desigualdade de gêneros ainda é grande e isso reflete em cargos, salários e oportunidades de trabalho bastante diferentes entre homens e mulheres, o que não se pode negar. As mulheres, aqui no Brasil, passaram a participar mais do mercado de trabalho nas últimas décadas e o número de trabalhadoras com a carteira de trabalho assinada aumentou. Mas as posições ocupadas e o salário não evoluíram junto com esse número, havendo, ainda, uma diferença absurda entre homens e mulheres nesse contexto em pleno século XXI. Mesmo quando vemos mulheres ocupando cargos de Chefia em várias áreas como na Política, nas Empresas e etc, isso ainda não é realidade para a maioria das mulheres. Podemos dizer que alguns cargos ainda são considerados típicos de serem ocupados somente por mulheres. Exemplo disso são as trabalhadoras domésticas e, não coincidentemente, são elas que também possuem a menor remuneração do mercado. Mas o problema se estende para outros ramos, como o da educação, onde Professores de ensino médio de escolas particulares, por exemplo, são homens em grande maioria e possuem os melhores salários. Nesse cenário, as mulheres atuam na educação infantil e no ensino fundamental, com salário bem inferior. Os movimentos de empoderamento feminino e grupos que atuam na luta pela igualdade de gêneros apresentam alternativas muito interessantes para juntar forças e abrir espaço no mercado de trabalho para as mulheres. Algumas plataformas e sites foram desenvolvidos para a divulgação de vagas exclusivas para as mulheres e, além disso, há grupos on-line somente para o público feminino que, entre si, se ajudam na divulgação de oportunidades, envio de currículos, indicações e etc.. Seguem alguns exemplos:
• Mulheres no e-commerce: destinado para mulheres que buscam vagas no mercado eletrônico;
• Garotas no poder: grupo no Facebook de mulheres que buscam por igualdade de gênero no mercado de trabalho e empoderam lideranças femininas;
• Indique uma mina: com o mesmo intuito de divulgação de vagas femininas, porém com grande visibilidade para as mulheres trans também;
• Contrate uma mãe: rede de apoio de mulheres que, após a jornada da maternidade, buscam pela realocação no mercado de trabalho, aumentando a autoestima dessas mães e fazendo com que elas reconhecem seus reais valores;
Todas as áreas apresentam oportunidades para as mulheres e é preciso quebrar barreiras para aquelas que ainda resistem à presença feminina, vamos mudar esses dados e conquistar a igualdade, o que parece ser mais justo. Obrigado e até a próxima!
Nilson Muniz
Jornalista, Radialista, Locutor, Apresentador de TV WEB, Cantor.
@nillsonmunizz
[email protected]

IMAGEM
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REFERÊNCIAS
www.pravaler.com.br/mulheres-no-mercado-de-trabalho-carreiras-e-desafios/

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