Por Angelica Schianta
Destaco aqui, caro leitor, um evento que muito repercutiu no mundo inteiro, ainda não havia sido visto nessas proporções e nem pelas figuras envolvidas, mesmo em nossos melhores eventos carnavalescos: desfiles de blocos e de afoxés; de escolas de samba; nossa parada civida de 7 de setembro; festival de Paritins etc. Mas, simplesmente, ou melhor, muito sofisticamente, tranferência de obras de arte e outros artefatos, de um museu para outro, de cidade e até mesmo de países, o que costuma ocorrer sem alarde, muito frequentemente, antes da pandemia.
Pois vejamos o que se pode perceber na singularidade desse acervo, em termos do material arqueologico mumificado e da importância desse patrimônio para a história da civilização humana, fez então, por merecer, carruagens douradas, figurantes vestidos de acordo com a época desses dignatarios, veículos especialmente projetados e construídos para transportar as múmias com amortecedores instalados a fim de minimizar eventuais impactos aos tesouros egipcios, nesse trajeto de somente 5 quilometros, cujas vias da cidade do Cairo, no Egito, que ligam o Museu Egipcio para o novo Museu Nacional da Civilização Egipcia foram recem pavimentadas.
Cada carro ricamente e minucisamente entalhado e decorado em dourado, exibia o brasão correspondente a cada rei ou rainha, respectivamente, os restos mortais mumificados, de 18 reis e 4 rainhas.
A dedicação pormenorizada do feito chegou ao seguinte detalhe, mas não desimportante, o gás inerte, nitrogênio, que preenchia o ar dessas cabines substituiu o oxigênio, vital para a nossa existência. Essa técnica evita a degradação dos delicados materiais que sobreviveram até a presente data e previniu eventuais ataques de insetos xilófagos (popularmente conhecido por cupim) Esse gás também se presta e muito certamente estará em uso para as novas instalções da peças, no recem construído Museu Nacional da Civilização Egipicia, cuja inauguração ocorrerá no próximo dia 18 de abril de 2021, sendo exibidas as múmias recém transladas em novas salas e vitrines, com controle da atmosfera, para protegê-las da degradação e pré-oxidação pois ficarão expostas em caixas especialmente lacradas, sempre sob o nitrogênio. No novo museu elas contarão com um moderno e eficiente controle da temperatura e da umidade. Inclusive com simulações cenograficas do ambiente subterrâneo onde essas múmias se encontravam no Vale dos Reis, no Egito.
Então, caro leitor, do Som de Papo, Me digam qual o desfile ou parada que você poderia comparar em importância e criatividade e que mais lhe chamou a atenção. Dê a sua opinião, sua participação é importante, bem como sugestões de temas para nossa coluna. Boa semana a todos, até a próxima!
Angelica Schianta é Artista Plástica, Arquiteta, Urbanista e Conservadora de Bens Culturais.
@aschianta
@estudioturmalina
Legenda da foto:
Imagem capa: Parada Dourada os Faraós I Foto: TSF
Imagem 1: Detalhe do carro I Foto: AH Aventuras na história
Imagem 2: Detalhe da tampa do sarcófago de Tutancâmon I Foto:Pixabay
Imagem 3: Vitrines I Foto: Nitrogenio
Fonte de pesquisa:
aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/e-hoje-egito-promove-desfile-historico-de-mumias-da-realeza.phtml
www.grupooficinaderestauro.com.br/tecnologias/gases-inertes.html
www.marvil.it/pt-pt/aplicacoes/conservacao-do-patrimonio-cultural/
https://www.tsf.pt/mundo/mumias-reais-desfilam-em-cortejo-inedito-no-cairo-13530526.html
https://jornalcinco.com.br/2021/04/egito-promove-cortejo-22-mumias/
https://www.folhape.com.br/noticias/os-faraos-do-desfile-dourado-de-mumias-no-cairo/178728/
