Por Daniele Costa do Canto
A política monetária é um conjunto de ações implementadas pelo Banco Central (BC) de um país para controlar a quantidade de dinheiro em circulação e as taxas de juros (BANCO CENTRAL DO BRASIL, [s.d.]). No Brasil, o principal instrumento de política monetária utilizada é a taxa SELIC, sendo ela definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. Nesse sentido, o Banco Central deve manter a liquidez da economia, assegurando que haja dinheiro suficiente para atender às demandas de transações do sistema financeiro (Vasconcellos e Garcia, 2014, Capítulo 10.3.2).
Duas principais categorias de políticas monetárias
Existem dois tipos principais de políticas monetárias: a expansionista e a contracionista. A escolha entre uma ou outra depende das condições econômicas do momento. Com essas medidas, o Banco Central pode influenciar a economia, ajustando as taxas de juros e a oferta de dinheiro para incentivar o crescimento ou controlar a inflação, conforme necessário.
1. Política monetária expansionista
A política monetária expansionista é usada para estimular a economia. O Banco Central reduz a taxa de juros (no Brasil, a taxa Selic) e aumenta a quantidade de dinheiro em circulação. Com juros mais baixos, empréstimos e financiamentos ficam mais baratos, incentivando o consumo e o investimento. Além disso, ao comprar títulos públicos, o Banco Central coloca mais dinheiro na economia, aumentando a liquidez (Vasconcellos e Garcia, 2014, Capítulo 10.6.2).
2. Política monetária contracionista
A política monetária restritiva é usada para desacelerar a economia e controlar a inflação. O Banco Central aumenta as taxas de juros e reduz a quantidade de dinheiro em circulação. Com juros mais altos, empréstimos e financiamentos ficam mais caros, desestimulando o consumo e o investimento. Ao vender títulos públicos, o Banco Central retira dinheiro da economia, reduzindo a liquidez (Vasconcellos e Garcia, 2014, Capítulo 10.6.3).
Como decisões de política monetária podem afetar a sua vida?
A política monetária impacta sua vida ao ajustar as taxas de juros e a quantidade de dinheiro em circulação. Isso influencia o custo dos empréstimos, o preço dos produtos e serviços, e, consequentemente, seu orçamento e poder de compra. Por exemplo, quando o Banco Central aumenta as taxas de juros, os empréstimos tornam-se mais caros, o que, consequentemente, provoca uma redução no consumo e ajuda a controlar a inflação. No entanto, quando as taxas de juros estão baixas, os empréstimos tornam-se mais acessíveis, o que estimula o gasto e o investimento, o que pode impulsionar o crescimento econômico e reduzir o desemprego (Vasconcellos e Garcia, 2014).
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Referências bibliográficas
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Política monetária. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/controleinflacao>. Acesso em: 18 jul. 2024.
VASCONCELLOS, Marco Antonio S.; GARCIA, Manuel E. Fundamentos da Economia. 5. ed. São Paulo: Ed. Saraiva, 2014.
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