terça-feira, maio 7, 2024
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Princesa Isabel: uma história pra se contar

Por Viviane Vidmar

A princesa Dona Isabel do Brasil foi a segunda filha do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Dona Tereza Cristina. Após o falecimento dos seus irmãos foi declarada herdeira do trono brasileiro e aos 14 anos jura a Constituição imperial.
Casou-se em 1864 com o príncipe francês Gaston de Orleães, conde d’Eu e com ele teria três filhos.
A fim de prepará-la para suas futuras funções, Dom Pedro II a deixou como regente durante três vezes. Nessa ocasião, assinaria leis que visavam favorecer a abolição da escravatura no Brasil.
Em 1888, após intensa luta política, a princesa assina a Lei Áurea que acabaria com a o trabalho escravo no país.
No entanto, a elite agrária e o Exército brasileiro não perdoariam o gesto. Em 15 novembro de 1889, um golpe de Estado proclama a República e a família imperial brasileira é expulsa do Brasil e exilada na França.
“Após o golpe militar que destronou D. Pedro II, em 15 de novembro de 1889, muitos movimentos que exigiam a restauração da monarquia apareceram no Brasil. Alguns deles misturados a outras reivindicações, como foi o caso das duas Revoltas da Armada, ocorridas no início dos anos 1890. Nesse contexto, a princesa Isabel, que estava exilada com a família em Paris, estaria cotada para assumir o trono, já que seu pai morrera na mesma cidade em 1891.
No entanto, Isabel preferiu evitar derramamento de sangue e resignou-se a não mais pretender ser imperatriz do Brasil, como fica claro em um bilhete endereçado ao seu último chefe de gabinete, da Terceira Regência, João Alfredo: ”Meu pai, com seu prestígio, teria provavelmente recusado a guerra civil como um meio de retornar à pátria… lamento tudo quanto possa armar irmãos contra irmãos… É assim que tudo se perde e que nós nos perdemos. O senhor conhece meus sentimentos de católica e brasileira.”
A princesa Dona Isabel jamais voltaria viva ao Brasil tendo morrido na França. Morreu no exílio, em 1921, no Castelo d’Eu, em Paris.
Como dito, após a Proclamação da República, a princesa Isabel e toda a família real exilaram-se na França. Os últimos dias da princesa foram passados no Castelo d’Eu, em Paris. Ela faleceu em 14 de novembro de 1921. Esses últimos dias foram dedicados à família e obras de caridade da Igreja Católica. Seu marido morreu um ano depois.
Em 1971, seus restos mortais foram trazidos para o Brasil e enterrados em Petrópolis
Cinquenta anos após a sua morte, em abril de 1971, os restos mortais da princesa Isabel e também os do seu marido, Conde d’Eu, foram trazidos para o Brasil. Na cidade do Rio de Janeiro, eles receberam honras de chefes de Estado e ficaram expostos na Igreja do Rosário, na rua Uruguaiana.
Depois, no dia 13 de maio do mesmo ano de 1971, em comemorações à Lei Áurea, os caixões seguiram para a cidade de Petrópolis, seio da tradição do Império brasileiro, e foram enterrados na catedral da cidade.”

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