Por Paulo Martinelli
NOVELA
BLACKOUT FACÇÕES EM GUERRA
R Castelo Branco
Blackout é uma novela que se confunde entre ficção e realidade. Criada e idealizada pelo diretor R. Castelo Branco, é encenada na maior favela do Brasil. “Rocinha”
Na matéria anterior você se inteirou de como surgiu e como funciona o BCF, aqui você ficará por dentro de mais um produto do Bando Cultural Favelados. “Blackout Facções em Guerra”
Produzida e dirigida pelo diretor Castelo Branco, a novela já possui um episódio disponível no canal do youtube “Favela Flix”
A ideia surgiu naturalmente entre tantas outras que surgem na cabeça desse diretor tão agitado e criativo, suas criações são e tem uma pegada muito forte ligada ao cotidiano e convivência da favela. As gravações iniciaram em 2018, com um episódio concluído e depois parou devido a pandemia que assolou o mundo, mas isso não era o fim, com muita dificuldade e em busca de patrocínios o Bando recomeça suas gravações, mesmo que muito lentamente é um processo que já começou e com certeza sairá do papel.
A novela narra a disputa de poder do tráfico entre duas facções, um núcleo dos núcleos se passa na favela da “Rocinha” o outro na comunidade do “Morro Azul” que fica localizada no Flamengo, que nos recebeu de braços abertos e será nosso próximo palco de gravações e encenações. Além da disputa do tráfico, tem as questões sociais envolvidas na história, como a perda da vida de moradores inocentes que ficam no meio dessa disputa involuntariamente, é um contexto que não gostaríamos de contar, diz o diretor Castelo, mas é a ficção imitando a realidade.
O diretor Castelo Branco e sua produção pedem ajuda ao retornar suas gravações pós 2 anos de paralisação. As dificuldades são todas possíveis, produzir arte visual requer muitos detalhes, como alugar espaços, equipamentos, figurinos, alimentação pois as gravações duram em média o dia todo ou noite adentro, estamos retornando e em busca de patrocinadores que acreditam em nosso trabalho e queiram ajudar a comunidade, pois o trabalho é priorizado aos atores da comunidade ou de outros artistas periféricos. Alguns jovens aqui da comunidade que roubavam ou eram envolvidos com coisas erradas, conheceram a arte através do bando, se identificaram, cresceram como artistas e hoje me orgulho muito disso porque mesmo sem recurso e com muita dificuldade eu me realizo quando vejo que atingi meu objetivo e sei que posso fazer muito mais.
Colaboradora: Sandra Paz
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