quinta-feira, abril 25, 2024
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Comer emocional em tempos pandêmicos. Como lidar?

Por Juliana Ferreira

Ao ingerirmos barras e mais barras de chocolate quando não estamos com fome […] é uma tentativa de evitar a ausência (de amor, de conforto, de saber o que fazer) quando nos encontramos no deserto de um determinado momento, sentimento ou situação.

Essa é uma citação do livro Mulheres, Comida e Deus da Geneen Roth.

A minha reflexão hoje aqui é sobre a nossa relação afetiva/emocional com a comida. E você me pergunta: Há algum mal em querer sentir algum conforto com a comida?

Não, muito pelo contrário, comida abraça a gente e traz conforto. Mas, o meu olhar atento hoje é sobre à proporção que o comer emocional está atingindo em alguns casos, onde a comida vem sendo a única estratégia para lidar com os sentimentos negativos. Como também, o fato de nem sempre haver a percepção do consumo alimentar diante das emoções.

Nós nos permitimos comer algo por tristeza, raiva, casamento ruim, angústia, doença na família, solidão. Mas, será que quando você não está com fome e quer conforto, a comida não é apenas um paliativo? Será que é preciso pensar sobre quais necessidades você não está atendendo quando come sem fome? Ou ampliar o repertório além da comida?

Um problema alimentar pode ser indicativo de que algo dentro de nós precisa de atenção.

Eu sei que é muito difícil e doloroso encarar o desconforto diretamente.

Mas a minha intenção é só te fazer refletir se o comer emocional está te gerando sofrimento e culpa. Algumas pessoas têm a crença de que come porque é gulosa, ou que não tem força de vontade ou é preguiçosa.

E com isso acabam não percebendo o momento de pedir ajuda de um profissional. Emoção que vira comida com frequência, merece ser investigada.

Quando perceber que a busca por comida não está ligada à fome, é recomendado parar e se perguntar: “do que eu preciso?”; “será comida ou um abraço, companhia, conversa, lazer?”; “como faço para atender ao que eu realmente preciso?”.

Mas, o mais indicado a fazer é que você procure ajuda de um profissional psicólogo e um nutricionista comportamental para te auxiliar a encontrar formas de lidar com essas situações. O cuidado conjunto é importante

Quero te dizer, principalmente, nesse período de uma pandemia (um momento recheado de incertezas, angústia, perdas) que você não precisa passar por tudo isso sozinho. Não é vergonha pedir ajuda.

Coloco-me a disposição.

 

Fonte da imagem: https://nutricao.ufes.br/sites/nutricao.ufes.br/files/field/anexo/orientacoes_comer_emocional.pdf

Referência: Nutrição Comportamental – Alvarenga M, Antonaccio C, Figueiredo M, Timerman F. (orgs.) – 2019 (2ª edição) Manole.

@juliana.ferreiranutri

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