sexta-feira, março 29, 2024
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Como anda a saúde do seu relacionamento?

Por Luka Veloso

 

Durante a pandemia, o número de divórcios no Brasil aumentou consideravelmente, 7 em cada 10 casais (IBGE, 2020) decidiram por romper a relação conjugal. E o que levou a esse crescimento?

Muitos fatores podem ter sido observados, dentre eles, a falta de convivência diária, pois muitos casais não estavam acostumados a vivenciar a rotina de   24 horas por dia tendo que se confrontar com as diferenças individuais.

Dentro dos estudos da família, vale salientar a importância de ser compreender que cada casal possui um jeito próprio de ser casal, ainda que sejam observadas as individualidades nessa conjugalidade, que precisam ser compreendidas para que a dinâmica da relação se estabeleça em bases a serem consideradas importantes para o casal e sucesso do relacionamento.

Ignoram-se que na construção dessa relação conjugal é de suma importância a capacidade de se entender e respeitar os aspectos individuais, levando em consideração que enquanto sujeitos trazemos uma carga hereditária, familiar, social que nos diferencia e nos aproxima, que nos atrai e nos repele, baseados na convivência saudável ou toxica da relação.

Contudo, durante a pandemia observou-se que a dissolução da conjugalidade foi alimentada por fatores psicológicos que se aprofundaram em decorrência dos medos, frustrações, inseguranças, angústias que o momento trouxe para o ambiente familiar. E a deterioração da relação acabou sendo uma realidade, principalmente pela liquidez que as relações contemporâneas caracterizam como verdades concretas (Bauman, 1998).

Outro ponto a se observar quando se pensa na saúde dos relacionamentos dentro da contemporaneidade é o esvaziamento de sentimentos que norteiam as relações, dando lugar a toxicidade ou abuso alimentados, por exemplo pelo narcisismo e egocentrismo que caracterizam indivíduos adoecidos.

Nessa perspectiva, faz-se necessário compreender que somos um sistema e que entender que o conjunto de saúde física, mental dos sujeitos é que formaram a conjugalidade saudável que se busca alcançar como modelo de vida plena e feliz nas construções familiares e amorosos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA:

BAUMAN, Zygmunt 1998 — O malestar da pósmodernidade. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor.

IMAGEM: CANVA

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