Por: Nutricionista Juliana Ferreira
Não somos imunes às emoções em nosso jeito de comer- e nem devemos ser! O nosso estado emocional influencia no desejo de comer de diferentes formas. Alguns comem mais, outros menos se estão muito felizes ou tristes. Depende de cada um.
Mas, em geral, uma relação de desequilíbrio acontece quando:
- A comida se torna a única estratégia para lidar com problemas, na tentativa de regular emoções;
- E quando isso é feito de forma inconsciente.
É o que chamamos de comer emocional.
Algumas pessoas têm dificuldade em diferenciar se a procura por alimento é por fome física ou questões emocionais. O primeiro passo para saber como lidar com a fome emocional, é saber identificá-la e perceber se a busca por alimento é por questões físicas ou emocionais.
Trouxe aqui 4 passos que podem te ajudar a identificá-la:
- Observe como ela surge: A fome física (fisiológica) vai aparecendo gradualmente. Geralmente começa de forma leve e vai aumentando. A fome emocional costuma aparecer de forma mais repentina.
- Observe o que quer comer: Se for fome física, geralmente você está aberta a várias opções de comida. Na fome emocional, geralmente o desejo é em comer alimentos específicos.
- Observe se há urgência: Quando é fome física, em geral você consegue esperar um pouco para comer. Ex: o almoço ficar pronto. Na fome emocional, é possível que você perceba urgência em comer o alimento desejado.
- Observe o motivo que te leva a buscar comida: Na fome física, buscamos aliviar a sensação de fome, assim buscamos a saciedade. Na fome emocional, estamos buscando preencher “um vazio”. Geralmente tendemos a comer além da saciedade, quando não temos consciência.
Em nenhum momento, você precisa se obrigar a não comer. Comer também é conforto, e isso pode ser feito de maneira consciente e com entendimento.
O primeiro passo é trazer essas informações para a consciência.
Você pode comer com calma, atenção e sem julgar, apenas acolhendo a sua necessidade.
Muitas vezes, a busca por comida para lidar com emoções pode ter origens mais profundas e, por vezes, gerar incômodo, sofrimento e culpa. Por isso, é importante que se você percebe que algo não vai bem na forma que você se relaciona com a comida, talvez seja o momento de buscar auxílio de profissionais capacitados que possam te auxiliar a identificar sentimentos, pensamentos e situações que te levam a comer e assim te ajudar a traçar estratégias de como lidar.
Além de um nutricionista comportamental, muitas vezes é indicado buscar um profissional psicólogo para ajudar a lidar com emoções e necessidades não atendidas. O cuidado conjunto é sempre interessante.
Se tiver qualquer dúvida ou precisar de ajuda, estou a disposição.
(71) 98507-4793 | @juliana.ferreiranutri
Referência:
- Nutrição Comportamental – Alvarenga M, Antonaccio C, Figueiredo M, Timerman F. (orgs.) – 2019 (2ª edição) Manole.
- Em paz com a comida– Petry, Nathália; Bragunci, Lydiane-2ed. Belo Horizonte: IACI editora, 2018.
Referência da imagem: celiaprado.com.br/wp-content/uploads/2019/04/COMENDO-800×418.jpg
Ótima reflexão!