Por Nilson Muniz
A homofobia significa um tipo de preconceito em relação às pessoas que possuem relações homo afetivas, sejam entre homens ou mulheres. Do grego, a palavra homofobia é formada pelos termos homo (semelhante, igual) e fobia (medo, aversão), que significa aversão às relações semelhantes.
Desta forma, podemos concluir que a homofobia corresponde a qualquer ato ou manifestação de ódio, aversão, repulsa, rejeição ou medo (muitas vezes irracional) contra os homossexuais, gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, o que tem levado a muitos tipos de violência, seja social, psicológica ou física.
O termo Homofobia foi empregado pela primeira vez em 1971, pelo psicólogo nova-iorquino George Weinberg em sua obra intitulada Sociedade e a Saúde Homossexual (1972), na qual afirma que as pessoas que alimentam a homofobia possuem problemas psicológicos, propondo, dentre outras medidas, a retirada do termo homossexualidade da lista de doenças. Nas civilizações antigas da Grécia e Roma, a homossexualidade era praticada por muitos e vista de forma natural. Entretanto, em vários outros lugares no mundo era recebida com intolerância as relações homossexuais e consideradas ato de perversão o que levou a inúmeras mortes, amputações, castrações, multas, e ainda, diversas torturas psicológicas e físicas. Diante disso, é válido notar nos tempos mais atuais, que movimentos sociais dessa parcela de cidadãos, tais quais a Parada Gay, tem demostrado que esse tipo de evento pretende denunciar violências contra esse grupo, ao mesmo tempo que busca revelar para a população a existência das violações dos Direitos Humanos. Dessa forma, o grupo LGBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais), que cresce a cada ano, lutam por reivindicações legítimas de reconhecimento da sociedade e regulação da Legislação de Políticas Públicas, como a criação de leis para a comunidade LGBT, a fim de oferecer a cidadania plena para todos os cidadãos. Então, a reivindicação pelos direitos das comunidades LGBT e a visibilidade alcançada pelos pais e mães que criam seus filhos sozinhos, fizeram o Poder Público dar novas respostas às demandas da família brasileira. Não há dados oficiais, mas calcula-se que 20% dos casais homo afetivos tenham filhos no Brasil. Nas últimas décadas, a visibilidade da população LGBT no Brasil é cada vez maior. E cada vez mais empresas estão apresentando seus produtos em propagandas que mostram casais formados por dois homens ou duas mulheres, para refletir os novos arranjos familiares. No campo jurídico, o casamento homo afetivo é estendido a todo o Brasil desde 2013, quando entrou em vigor a Resolução 175, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que determina que cartórios de todo o país não podem se recusar a celebrar casamentos civis de pessoas do mesmo sexo. Antes disso, já havia decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) e do STJ (Superior Tribunal de Justiça), relacionadas a este fim. Já em 2020, um ano com tantas dificuldades, uma situação política caótica e tantas vidas LGBTs postas em perigo por conta das consequências da pandemia em que estamos vivendo, as boas notícias que demonstram o progresso e as vitórias da causa acabam se diluindo. Porém, apesar de todos contratempos, o ano de 2020 deu continuidade à ascensão dos direitos LGBTs no continente americano. Em meio a tantas perdas, cada pequena vitória teve a sua importância. Citamos algumas: Bolívia tem a primeira união civil homossexual/ 12DEZ2020, Argentina estabelece cota de transgêneros, transexuais ou travestis no setor público/ 29SET2020, Costa Rica primeiro país da América Central a legalizar casamento gay/26MAI2020, Nos EUA, Gays e Transexuais não podem sofrer discriminação no trabalho, decide Suprema Corte dos EUA/15JUN2020. Mas a maior das vitorias será aquela onde consigamos vencer nossos preconceitos, favorecendo um mundo melhor e mais justo sempre para todos nós, Amor seja por quem for e de qual forma for não é doença, é cura. Pensemos nisso e até breve.
Nilson Muniz
Jornalista, Radialista, Locutor, Apresentador de TV WEB, Cantor.
@nillsonmunizz
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REFERÊNCIAS
www.todamateria.com.br/homofobia