Por Daiane Correia Ferreira
De volta, e com um tema diretamente ligado ao tema abordado na coluna anterior (para quem ainda não leu, clique aqui), tratarei da discussão acerca da negligencia constante do direito à educação com relação ao público adulto. É muito frequente na sociedade contemporânea as ocorrências de adultos sendo apartados das salas de aula por motivos de desconfortos como o medo do julgamento alheio e a falta de preparação dos profissionais das instituições educacionais que o estado disponibiliza. Muitos profissionais, erroneamente, são preparados para lecionar apenas para o público infantil, fortalecendo a exclusão escolar de muitos adultos.
Moacir Gadotti em seu texto, A Confintea VI, fala exatamente sobre como essa realidade pode ser alterada, beneficiando milhares de adultos na situação de analfabetismo devido os empecilhos citados acima, entre outros.
A alfabetização de adultos deve deixar de ser um gueto, para tornar-se uma política pública, uma “modalidade da educação básica”, como está escrito no Plano Nacional de Educação. Precisamos tornar a alfabetização de adultos parte integrante do sistema educativo e superar a atual falta de profissionalização da área. Os analfabetos tiveram uma experiência negativa da escola e reincluí-los nela exige a adoção de metodologias e práticas educacionais e culturais que não reproduzam os erros cometidos antes, na escola que frequentaram e da qual foram expulsos. Se o analfabetismo começar em espaços da própria comunidade pode ter um melhor início, como ocorre hoje no Programa MOVA-Brasil (GADOTTI, 2008).
Posto que, em um país subdesenvolvido como o Brasil, não é impossível que essas melhorias sejam implantadas e postas em prática, após um olhar entusiasmado dos governantes para com o problema em questão, concorda?
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Nos encontramos na próxima quinta-feira. Até lá!
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Referência bibliográfica:
periodicos.ifsc.edu.br/index.php/EJA/article/viewFile/1004/pdf
Referência da imagem do texto:
servicos2.sjc.sp.gov.br/noticias/noticia.aspx?noticia_id=14517