Por Rony Cysney
Um orgulho para o Brasil, Luiz Gonzaga do Nascimento, nasceu em Exu, localizada na serra do Araripe, município de Pernambuco, onde seria a inspiração pra uma das suas primeiras músicas ‘Pé de Serra’. Luiz, porque nasceu em 13 de dezembro, dia da festa de Santa Luzia, Gonzaga, sugerido pelo vigário que o batizou e Nascimento, por ser dezembro, o mês do nascimento de Jesus, considerado pelo Cristianismo. Foi o oitavo filho de Januário, roceiro e sanfoneiro e o segundo filho de Ana Batista, conhecida na região por Mãe Santana.
Aos 13 anos já era convidado pra se apresentar em shows, com um grande domínio da sanfona, instrumento que cresceu vendo o seu pai consertando e tocando. Manteve-se fiel à sua cultura nordestina, fazendo sucesso pelo sudeste do Brasil, consagrando-se pelo ritmo musical do Baião. “Asa Branca”, feita em 1947 com a parceria do Advogado Cearense Humberto Teixeira, foi sua canção mais emblemática e uma das mais tocadas até hoje.
Após a baixa do exército cearense, onde serviu por anos, permaneceu no Rio de janeiro pelas ruas e bares cariocas, frequentando programas de Ary Barroso e Renato Murce, amentando a sua visibilidade artística. Em 1941, gravava seus primeiros discos (LP de vinil), tendo participação em 32 discos até 1945. Sempre com parceiros, Luiz Gonzaga criou dezenas de músicas, até que, em 1950 com a chegada da Bossa nova e depois a Jovem Guarda, Luiz caiu no ostracismo, embora sempre respeitado, retornando ao sucesso nas décadas de 1970 e 1980, inclusive, com seu filho Gonzaguinha, em destaque com a música “A Vida do Viajante”.
Morreu em 2 de agosto de 1989 em Recife, capital pernambucana e foi sepultado na sua terra natal, Exu. Muitas avenidas, ruas e trecho de BR (entre Recife e Caruaru) têm o seu nome como homenagem e, até hoje, merecidamente, é lembrado e homenageado, como um Rei, que é.
MUSEU CAIS DO SERTÃO, EM RECIFE-PE
Sempre gosto de visitar o Museu Cais do Sertão, pois traz exposições e apresentações artísticas do mundo inteiro. Inaugurado em 2014, na belíssima área do antigo porto do Recife, próximo ao Marco Zero, o museu é muito premiado pela arquitetura, como pela inovação e gestão.
Todo seu acervo foi pensado em valorizar o homem do sertão, do mais simples e anônimo ao mais conhecido e merecido Rei do Baião, o eterno Luiz Gonzaga. Quem vem ao Recife, não pode deixar de visitar esse lugar incrível.
Por Rony Cysney
Fonte das fotos: Wikipedia.
