Por Angelica Schianta
Como já vimos nesta coluna, o Minimalismo está em destaque, e não somente ao decorar as nossas casas, sendo que, na vertente de uma vida simples, com mais proximidade com a natureza, áreas livres e verdes, e na possibilidade de desfrutar desses ambientes, apareceram as “Tiny Houses”.
Destacamos que se trata muito mais do que projetar moradias com espaços reduzidos.
O fundador da Tiny House Brasil e mentor do movimento Pés Descalços, Robson Lunardi, diz que “Uma Tiny House é onde tem alguém vivendo e colocando em prática a filosofia de um consumo consciente”.
A partir de uma construção modular, as Tiny Houses podem ter uma base de trailer e sua estrutura pode ser realizada por steel frame ou wood frame, por exemplo. Sua área total não ultrapassa os 40m². A grande aliada desses projetos é uma marcenaria primorosa que traz ambientes confortáveis e práticos.
A grande mensagem das Tiny Houses é sua responsabilidade socioambiental. Uso racional de recursos e baixíssima produção de resíduos orientam o plano de construção desse tipo de moradia.
Surgido nos Estados Unidos, o movimento Tiny House ganhou impulso na grande crise de 2008. Em um ritmo caótico nesse país, a vida em uma casa, mesmo que seja em dimensões mínimas, e que não se cobre taxas, impostos ou mesmo a posse de um terreno, chegou como uma alternativa viável naqueles tempos. Incluindo, então, a possibilidade de um estilo de vida mais despojado e singelo, utilizando os recursos da natureza de forma responsável, ganhou, viva (!), relevância.
O conceito se espalhou rápido, e países como Canadá, Austrália e o Brasil passaram a ver esse “evento social” e arquitetônico como uma forma de morar econômica e sustentável.
As Tiny Houses já se expandiram para os países citados acima, e mais, a Nova Zelândia e a Europa, já estão aderindo a essa temática. No Brasil, o estilo Tiny House ainda é modesto, mas há potencial, além de já existirem empresas estabelecidas para construir esse tipo de casa.
Vamos entender quais seriam as vantagens e desvantagens desse modelo de casa.
Vantagens:
Sustentabilidade no modo de vida, e na construção da casa;
Qualidade de vida;
Estresse mínimo;
Isento de impostos (os modelos móveis);
Construção rápida (a depender do tipo, tempo médio de 3 meses para toda a obra);
Desvantagens:
Alto custo construtivo;
Número reduzido de profissionais no Brasil que dominem essa construção;
O mínimo necessário que pode ser acumulado no interior da casa;
Para quem se habilitar, a vida em uma Tiny House é, indiscutivelmente, algo inusitado, surpreendente e revigorante.
Caro leitor, então, você conseguiria se adaptar a esse estilo de moradia de reduzidas medidas, mas que se poderia transportar para qualquer lugar? Dê a sua opinião, sua participação é bem-vinda, bem como sugestões de temas para nossa coluna. Até a próxima!
Angelica Schianta é Artista Plástica, Arquiteta, Urbanista e Conservadora de Bens Culturais.
@angelica_schianta
@turmalina_estudio
Legenda das imagens:
Capa: Tiny House I Foto: Wood Frame
01: Tiny House I Foto: Tammy Strobel
02: Tiny House /cozinha I Foto: Pinterest
03: Tiny House Interior I Foto: AACMM
04: Tiny House I Foto: CABN
05: Tiny House I Foto: Abreu Digital
Fontes de pesquisa:
https://casacor.abril.com.br/sustentabilidade/tiny-house/
https://www.archdaily.com.br/br/947852/vida-e-morte-das-tiny-houses