Por Rony Cysney
Infelizmente, mais uma notícia triste neste início de ano, a morte do mestre Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos, na noite de sexta-feira (05/01), vítima de falência múltipla dos órgãos, proveniente de comorbidades já existentes há alguns anos.
Sua incrível história começa em meados de 1940, nas comuns partidas de futebol, conhecidas como “peladas”, nas ruas dos bairros da zona norte do Rio de Janeiro, onde chegou aos oito meses de idade, ainda no colo da mãe, vindo de Maceió, estado das Alagoas, onde nasceu. O garoto canhoto, jogando com a camisa 10, não demorou a ser o destaque, jogando inclusive no terreno do Derby Club, onde mais tarde seria construído o famoso Maracanã.
Estudante do tradicional colégio São José, Zagallo, sem tirar a bola do pé, logo ingressou na categoria de base do América, clube que já era sócio, praticando natação e tênis. Seu Aroldo, seu pai, queria que o filho estudasse contabilidade, mas com a ajuda de seu irmão Fernando Henrique, conseguiu convencer o pai e seguir na carreira profissional do futebol.
Sem assistir a final da Copa do Mundo de 1950, por estar servindo como soldado ao Exército Brasileiro, sofreu junto com milhões de Brasileiros, a derrota da seleção brasileira, por 2 X 1 contra o Uruguai. A partir daí, Flamengo, Botafogo e Seleção Brasileira eram seus objetivos, sendo que, foi no Botafogo que ele decidiu seguir a carreira de técnico, iniciando nos juvenis e depois, nos titulares. Conquistou o bicampeonato carioca e a Taça Brasil em 1968, com uma linha de frente formada por Rogério, Gérson, Roberto, Jairzinho e Paulo Cezar, time que seria, mais tarde, a base para a seleção tricampeã mundial no México, em 1970. O treinador fez suas mudanças, ao lançando Rivellino na ponta esquerda, formando a dupla de área com Tostão e Pelé. O resultado foi uma das maiores seleções de todos os tempos e a posse definitiva da Taça Jules Rimet.
Zagallo também conquistou o título carioca liderando o Fluminense, justamente contra o Botafogo, mas no ano seguinte, voltou ao Flamengo, conquistando o campeonato carioca de 1972, ficando até 1974, onde assumiu novamente a seleção Brasileira, na Copa da Alemanha, que foi eliminada pela Holanda, sofrendo duras críticas, por não conhecer o estilo de jogo Holandês.
Campeão da Copa América em 1997, na Bolívia, o treinador resolveu fazer um desabafo devido às críticas que recebia da imprensa, e pela primeira vez soltou a frase que virou um bordão popular: ‘Vocês vão ter que me engolir!”
Em 2012, Zagallo sofreu o mais duro golpe de sua vida ao perder a mulher, Alcina de Castro Zagallo, companheira por 57 anos, vítima de insuficiência respiratória, aos 80. E foi de Alcina que o “Velho Lobo”, pai de quatro filhos, pegou a superstição do número 13: ela não só era devota de Santo Antônio, cujo dia de celebração é 13 de junho, como escolheu o 13 de janeiro para o casamento. Histórias que vão ficar para sempre do “eterno campeão”, com 13 letras.
Na Copa do Mundo de 2014, Zagallo já sofria com diversos problemas de saúde, que o impediram de assistir a vários jogos da competição.
Nossos sentimentos e homenagem à família de Zagallo, que marcou a história do povo Brasileiro, não apenas através do futebol, mas como um exemplo de cidadão sério, íntegro que será sempre lembrado e homenageado no Brasil e no exterior. Descanse e Paz!!!
Por: Rony Cysney
Fonte de pesquisa e das fotos: ge.globo.com
Ele foi um grande profissional, e deixa um legado unico!