sexta-feira, abril 19, 2024
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Assexualidade: eles não tem interesse em sexo

Por Wladimir Oliveira

“Sou mulher, tenho 17 anos e sou assexual. Há muito tempo já desconfiava que tinha alguma coisa ‘diferente’ em mim. A princípio achei que fosse apenas timidez, mas hoje percebo que não: tenho nojo de sexo, verdadeira aversão…” Essa afirmação sobre assexualidade, postada por uma jovem na internet provocou reações e inúmeros comentários de pessoas que se sentem da mesma maneira.
O número de adolescentes denominados ‘angels’ vem crescendo a cada dia. A pessoa denominada assexual não pratica e não gosta de sexo, mas pode manter um relacionamento puramente romântico de companheirismo. E na maioria das vezes sem contato físico de nenhuma espécie.
Segundo a comunidade brasileira assexual A2, que compartilha informações sobre o assunto, uma das definições mais bem aceitas sobre assexualidade é: “Uma das formas de manifestação da sexualidade humana baseada na falta de atração sexual por pessoas. Mas esse conceito ainda está em construção, já que ele não abrange todos que adotam este rótulo”.

Celibato x assexualidade
Ao contrário dos celibatários – pessoas que escolhem não manter relações sexuais -, os assexuais não praticam o ato sexual, embora em alguns casos sintam atração. Eles podem até se masturbar, mas não sentem necessidade de compartilhar isso com um parceiro. Os assexuais possuem as mesmas necessidades emocionais de qualquer outra pessoa. E estão presentes em todos os gêneros sexuais, como heterossexuais, bissexuais ou homossexuais.
Pelas redes sociais existem várias comunidades sobre o tema. A maior delas é a The Asexual Visibility and Education Network (AVEN), fundada em 2001 para aumentar a visibilidade e a discussão sobre o assunto. Ela tem caráter informativo e é destinada para indivíduos assexuais, amigos, familiares e para a mídia em geral.
No Reino Unido existe um forte movimento para que esta nova orientação sexual seja incluída na apuração do censo de 2021. Apesar ainda de pouca visibilidade no mundo, a AVEN tem cadastrados mais de 100 mil usuários ao redor do mundo.

Como um psicólogo pode ajudar
Muitos assexuais afirmam que sofrem preconceitos devido a seu comportamento. Alguns relatam que por conta disso se distanciam do mundo, desenvolvem medo de se relacionar e até sofrem de depressão. Mas é importante lembrar que ser assexual pode ser um estilo de vida. E por fugir dos padrões de normalidade da sociedade ainda causa espanto. Por meio do atendimento psicoterápico é possível trabalhar o fortalecimento pessoal para que o indivíduo aceite melhor suas escolhas e lide com as pressões sociais e seus conflitos internos.

Wladimir Oliveira
@psiwladimir

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