sexta-feira, março 29, 2024
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Madre Teresa de Calcutá e sua jornada missionária como mãe dos pobres

Por Thiago Matos

Hoje na coluna TBT vamos falar de Agnes Gonxha Bojaxhiu. Esse nome pode parecer incomum, mas essa pessoa é nada mais que a Madre Teresa de Calcutá.
Resolvi falar dela porque vem chegando os dias das mães, pode soar estranho falar de uma pessoa que fez voto de celibato e resolveu não ter filhos, mas é ai é que a gente se engana.
Madre Tereza pode não ter dado a luz a uma criança e ter sido mãe de sangue, porém, a sua vida vocacional lhe rendeu milhares de filhos, aos quais realmente necessitavam de uma mãe. Essas pessoas vão de órfãos, viúvas, excluídos e miseráveis e por isso ela foi conhecida como mãe dos pobres.
Agnes nasceu na cidade de Skopje, na Macedônia, que fica no sudeste da Europa. Ela foi ensinada em uma escola pública e na sequência ingressou em uma Congregação Mariana. Tendo o respaldo de seus pais, foi na data de 29 de setembro de 1928 que ela entrou para a casa das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na cidade de Dublin – Irlanda.
Sempre sonhou em ir pra Índia fazer um trabalho missionário com os pobres e mais necessitados. Em 24 de maio de 1931, fez voto de pobreza, castidade e obediência, recebendo o nome de Teresa.
Irmã Teresa saiu da Irlanda e foi para Índia, enviada para cidade de Darjeeling, onde ficava localizado o colégio das irmãs Loreto. De Darjeeling a irmã Teresa foi para Calcutá atuando como professora de História e Geografia no Colégio Santa Maria, da Congregação de Nossa Senhora de Loreto, pelo seu excelente desempenho e empenho, tempos depois foi nomeada diretora do Colégio.
Seu chamado para caridade veio acontecer alguns anos depois, sendo em setembro de 1946. Durante uma viagem de trem, uma voz dentro de si fez com que ela abandonasse o noviciado e começa-se a dedicar sua vida aos mais necessitados.
Para que que esse chamado se concretizasse ela projetou um plano e depois apresentou aos clérigos recebendo a licença do Papa Pio XII, no dia 12 de Abril de 1948. Enquanto deixava a Congregação de Nossa Senhora de Loreto, a Irmã Teresa continuava sua vida religiosa sob a obediência do arcebispo de Calcutá.
Foi em Patna que ela obtém a nacionalidade Indiana, ao mesmo tempo que a irmã reúne um grupo de cinco crianças em um bairro pobre e começa a ensinar. O grupo foi aumentando aos poucos, sendo que dez dias depois já eram em torno de cinquenta crianças.
Irmã Teresa acabou mudando o hábito que ainda carregava da antiga congregação. Ela começou a usar um sari branco (roupa indiana), debruado de azul e no ombro uma pequena cruz.
Subsequente por volta de 19 de março de 1949, o semear de Madre Teresa começou a dar frutos, os frutos nasceram entra suas antigas alunas do colégio, surgindo as primeiras vocacionadas. Mais tarde outras voluntárias fenotipicamente ligadas a Madre Teresa foram se juntando ao trabalho missionário, que tinha como nome “ Missionárias da Caridade”.
Sua Congregação que levaria o seu nome “Madre Teresa”, foi aprovada pela Santa Sé em 07 de outubro de 1950. Em 1952 abre o lar infantil Sishi Bavan (Casa da Esperança) e inaugura o “Lar para Moribundos”, em Kalighat, cuidando de pobres doentes e famintos.
Nessa época, sua Congregação começa a se espalhar pela Índia e outros países. O governo indiano reconhece seu trabalho missionário no ano de 1963, concedendo-lhe a medalha “Senhor do Lótus”.
Durante sua Jornada, Madre Teresa recebeu vários prêmios e honrarias. No ano de 1979 recebe o Prêmio Nobel da Paz, e foi no mesmo ano que o Papa João Paulo II recebe Madre Teresa em audiência privada e a nomeia “Embaixadora” do Papa em todas as nações. Universidades pelo mundo lhe deram o título “ Honoris Causa”.
No ano de 1980, recebe a ordem “Distinguished Public Service Award” nos EUA. Em setembro de 1985 foi condecorada pelo Presidente Reagan na Casa Branca com a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta do país.
Em 1983 em Roma, sofreu seu primeiro grave ataque do coração aos 73 anos, sendo o segundo grave ataque em 1989 onde começa a usar um marca-passo.
Em 1990 solicita ao Papa que seja substituída no seu cargo para cuidar da saúde, sendo depois reeleita por mais 6 anos.
Foi no dia 05 de setembro de 1997 após sofrer uma parada cardíaca, que essa mãe se despede de seus filhos e de seus admiradores que conquistou pelo mundo durante essa linda e fantástica trajetória. O Corpo foi translado ao estádio Netaji, onde o Cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, onde celebrou uma Missa de corpo presente.
Em 19 de outubro de 2003 Madre Teresa de Calcutá é beatificada pelo Papa João Paulo II, e no dia 4 de setembro 2016 ela se tornou Santa, sendo canonizada pelo Papa Francisco, concretizando seu legado e conhecida para sempre como Mãe dos pobres.

Fonte da imagem: gaudiumpress.org/content/97808-madre-teresa-de-calcuta-servir-cristo-nos-mais-pobres-entre-os-pobres/

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